14 de maio de 2025

PÁSCOA UNIDA


Este ano os cristãos da Etiópia – ortodoxos e católicos – celebraram a Páscoa do Senhor unidos às outras Igrejas. Mas nem sempre é assim. No ano passado, por exemplo, enquanto a maioria festejou a ressurreição do Senhor a 31 de Março, as Igrejas da comunhão ortodoxa e os católicos da Etiópia fizeram-no a 5 de Maio. Porquê?

A regra para a celebração da Páscoa foi estabelecida há exatamente 1700 anos no Concílio de Niceia: a ressurreição do Senhor celebra-se no domingo depois da lua cheia do equinócio da Primavera. O desacerto vem do facto de a comunhão ortodoxa seguir o calendário juliano e as Igrejas do Ocidente usarem o calendário gregoriano que o substituiu em 1582. O mês, entre os dois calendários, começa com uma diferença de treze dias. Por isso, a data da Páscoa varia entre 22 de Março e 25 de Abril segundo o calendário gregoriano e 4 de Abril e 8 de Maio segundo o juliano.

O Papa Francisco sublinhou por diversas vezes a necessidade da celebração comum da Páscoa. Em Janeiro, na conclusão do Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos, renovou o apelo a todos os cristãos «para tomarem medidas decisivas para a unidade à volta de uma data comum para a Páscoa».

O Documento Final do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade nota que «em 2025, [...] será também uma ocasião para lançar iniciativas audazes para uma data comum da Páscoa, para que possamos celebrar a ressurreição do Senhor no mesmo dia, [...] e assim dar uma maior força missionária ao anúncio d’Aquele que é a vida e a salvação do mundo inteiro». Bartolomeu, o patriarca ortodoxo de Constantinopla, também manifestou o desejo de os cristãos no Oriente e Ocidente celebrarem a Páscoa em «data unificada», propondo a data do calendário juliano.

A Igreja Católica na Etiópia, que foi estabelecida no século XIX sob dois ritos, também mantém duas tradições em relação à Quaresma. No Norte, os católicos do rito oriental começam a preparação da Páscoa duas semanas antes dos do rito romano, no Sul. Seguem a tradição ortodoxa de uma Quaresma de oito semanas, com jejum diário depois do jantar e até ao meio-dia ou às 15h00 do dia seguinte e sem carne, leite, ovos... No Sul, onde vive a maioria dos católicos etíopes, a tradição romana de jejum na Quarta-Feira de Cinzas e Sexta-Feira Santa e sextas sem carne é mantida.

A celebração da Páscoa do Senhor também difere. A liturgia oriental é celebrada dentro de portas, sem os ritos do lume novo e do batismo. A assembleia escuta onze leituras bíblicas (dez passagens do Antigo Testamento e uma do Evangelho de João) mais dois textos dos Padres antigos. À meia-noite, é proclamado um canto tradicional a anunciar que o Senhor ressuscitou. A liturgia dura até à aurora, feita de muitos cânticos, orações e incenso. Conclui já em casa com uma refeição festiva para quebrar o jejum vegano. No Sul, a vigília, mais curta, é feita das liturgias da Luz, da Palavra, do Batismo e da Eucaristia nas línguas locais. O almoço, esse também é melhorado.

13 de maio de 2025

«ALHAMDULILLAH!»

«AlhamdulillahAlhamdulillah! Bendito seja Deus! Bendito seja Deus!», repetem vezes sem conta a professora beduína e o seu marido, enquanto olhamos para os restos carbonizados daquilo que foi a casa deles. 

Ela estava a cozinhar com a tia. Tinha deixado a máquina de lavar a trabalhar. O calor abrasador, as chapas de zinco sobreaquecidas... bastou um mau contacto. Em poucos minutos, o fogo tudo devorou.

A casa, no meio da aldeia beduína, ficou completamente destruída. O marido mostra-nos o motor carbonizado da máquina de lavar: é o que resta. 

A família, com os quatro filhos, vive agora com uma tia. O vestido usado pela professora foi-lhe emprestado pela irmã. Todos os seus pertences foram consumidos pelas chamas. 

«Não conseguimos salvar nada», murmura. E, no entanto, repete com uma fé serena: “Alhamdulillah, estamos bem».

Eles já tinham tão pouco e perderam tudo.

«Graças a Deus, estávamos fora», explica a professora. 

Acena silenciosamente com a cabeça, o rosto marcado pela tristeza. 

Alguns dias antes, tínhamos-lhes oferecido sapatos novos que amigos tinham doado para famílias beduínas: um par para ela e outro para a filhita de dois anos. 

Porém, foi a filha mais velha quem sofreu mais. A mãe conta-nos que, quando ela chegou da escola, encontrou a sua casa em chamas e ficou em choque.

Felizmente, os bombeiros conseguiram chegar a tempo e evitaram que o fogo se propagasse às casas vizinhas. Esta é a aldeia mais próxima de Betânia, encravada entre dois colonatos israelitas na Cisjordânia. 

Bênção ou ameaça? Há meses que a comunidade está sob ordens de evacuação: as autoridades israelitas planeiam ligar os dois colonatos e a aldeia, como se não existisse, está no caminho.

Mesmo assim, a professora não perde a esperança. «Vamos reconstruir a casa!», diz, olhando para os restos carbonizados de madeira e chapas retorcidas, tão vulneráveis ao fogo. «Esperemos que fique melhor do que antes!»

Mostram-nos vídeos do incêndio. «Nem sequer quero vê-los», confessa. «Parte-me o coração.» 

Porém, mais uma vez, a sua voz eleva-se em resignação, gratidão e esperança: «Alhamdulillah!». 

E, em eco profundo, o marido repete: «Alhamdulillah!».

Ir. Cecília Sierra

Missionária Comboniana no Deserto da Judeia

 

10 de maio de 2025

REVER O FUTURO







Vinte e três membros da província etíope dos Missionários Combonianos reuniram-se de 6 a 9 de maio na Casa Comboni de Hawassa para celebrar a assembleia provincial de 2025, tendo como intento principal a revisão do Diretório Provincial, o documento que regula a vida da província. Quatro membros estavam ausentes, sobretudo por motivos de saúde ou escolares.

O P. Isaiah Nyakundi deu o mote para os quatro dias de trabalho com a reflexão motivacional de abertura sobre «A província que sonhamos ter». O comboniano, nascido no Quénia, trabalha entre os Gumuz há uma dúzia de anos.

O P. Asfaha Yohannes, superior provincial, apresentou o seu relatório sobre o estado da província em cinco pontos: situação sócio-político-económica, formação, pessoal, missão e economia. Deu também as boas-vindas aos missionários que chegaram recentemente à terra das origens.

Em seguida, a assembleia começou a estudar o novo Diretório Provincial, capítulo por capítulo, debatendo-o e aprovando-o. O esboço foi preparado pelos respetivos secretariados provinciais. Os confrades participaram na preparação da secção sobre a vida comunitária. Por falta de tempo, a secção sobre a economia será estudada durante o próximo Dia de Comboni, um evento anual de formação permanente previsto para outubro.

O bispo Merhakristos Gobezayehu Getachew, novo Vigário Apostólico de Hawassa, participou na assembleia na tarde do terceiro dia. Partilhou com os participantes o seu percurso pessoal de três meses como bispo, o que encontrou ao visitar todas as paróquias exceto uma. Partilhou também alguns projetos para o futuro do vicariato iniciado pelos Combonianos há mais de sessenta anos e que conta com um terço dos católicos da Etiópia.

D. Merhakristos presidiu à missa no final do dia e ficou para o jantar e o convívio que se seguiu, acolhendo com os membros da assembleia o anúncio de «Habemus papam». 

Os secretários provinciais da economia, missão e formação apresentaram os respetivos relatórios à assembleia que ouviu também os relatórios das três zonas pastorais: Guji, Sidama e Gumuz. Seguiu-se de um período de perguntas e de partilha de ideias sobre o que os Combonianos estão a fazer e o que podem fazer no futuro próximo.

O Superior Provincial presidiu à missa conclusiva, na qual o escolástico Asmare Gawo Gebre renovou a sua consagração à missão no Instituto dos Missionários Combonianos. Asmare terminou os seus estudos teológicos no Quénia e está a iniciar o seu serviço missionário de um ano em Gilgel Beles, entre os Gumuz.

Aludindo ao episódio da conversão de São Paulo - a primeira leitura do dia -, o P. Asfaha sublinhou a necessidade de deixar que Deus abra os nossos olhos para ver a realidade que nos rodeia sob uma nova luz. 

A assembleia provincial e o Dia de Comboni são dois eventos em que os confrades, com a sua participação, exprimem e reforçam o sentido de pertença à província.

9 de maio de 2025

TEMOS PAPA


 

Cento e trinta e três cardeais, reunidos em conclave, durante pouco mais de 24 horas, escolheram o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, «um filho de Santo Agostinho», como o papa número 267. A escolha gerou alguma surpresa, mas o Prefeito do Dicastério para os Bispos desde 2023 fazia parte de algumas listas de papáveis, embora não fosse candidato de topo. Dom Robert Francis – partilha o nome com o papa que o precede – escolheu o nome de Leão XIV, o que motivou alguns sportinguistas a fazer montagens com o novo papa vestindo as cores e o emblema do clube.

Segui o conclave com expetativa até porque o sector da Igreja mais tradicionalista se empenhou numa campanha para tentar «queimar» os candidatos mais dispostos a seguir o legado do papa Francisco. Produziram um dossier sobre quarenta cardeais com os seus pontos de vista em matérias mais fraturantes e a promover os próprios candidatos, e ofereceram o livro aos participantes no conclave. O dinheiro e o ruído mediático não chegaram. 

Estes, deram-nos como papa um cardeal missionário norte-americano de 69 anos, com 22 anos de trabalho no Peru como missionário e como bispo, de uma família com raízes na França e Itália (do lado do pai) e na Espanha (do lado da mãe), um homem discreto, doutorado em direito canónico, de Chicago, «o menos americano dos americanos», como publicou a Aleteia na sua lista de doze papáveis. Era o fim de lista.

No discurso de pouco mais de 530 palavras da sua primeira bênção à cidade e ao mundo, Leão XIV deixou claras as coordenadas do seu pontificado. Depois de dar a paz a todos e de querer dar continuidade à bênção pascal do Papa Francisco e de lhe agradecer, o novo papa fez três afirmações muito importantes e reveladoras:

Quero também agradecer a todos os meus irmãos Cardeais que me escolheram para ser o Sucessor de Pedro e para caminhar convosco, como Igreja unida, procurando sempre a paz, a justiça, esforçando-se sempre por trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para anunciar o Evangelho, para ser missionários.

Devemos procurar juntos o modo de ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes, que constrói o diálogo, sempre aberta para acolher a todos, como esta Praça, de braços abertos, a todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, de diálogo e de amor.

Queremos ser uma Igreja sinodal, uma Igreja que caminha, uma Igreja que procura sempre a paz, que procura sempre a caridade, que procura sempre estar próxima, sobretudo dos que sofrem».

Leão XIV vai dar continuidade ao legado de Francisco de uma Igreja missionária e sinodal aberta a todos, construtora de pontes, promovendo a paz, a justiça, o amor e a proximidade dos que sofrem, sem medo.

Escolhendo o nome de Leão XIV, o novo papa quer também ser o herdeiro de Leão XIII, o papa da Rerum rovarum, da Doutrina Social da Igreja, do diálogo com a modernidade e com o mundo.

O papa norte-americano é diferente do seu antecessor argentino. Parece mais tímido e mais discreto. Vem com uma tarimba especial: o seu serviço missionário no norte do Peru como padre e como bispo próximo de todos sobretudo em momentos de crise climática. 

As suas primeiras palavras a Roma e ao mundo foram em italiano com uma saudações num espanhol bonito à diocese de Chiclayo onde foi pastor durante nove anos antes de Francisco o trazer para Roma para dirigir o dicastério dos bispos.

A Igreja está em boas mãos. A Trindade Santa, a Trindade das surpresas, deu-nos o papa que quis. Que o assista sempre!

5 de maio de 2025

SONHAR AO SOL

«Vou ser médico!», diz um rapaz beduíno com firmeza enquanto põe os meus óculos com um sorriso travesso. Ao lado dele, uma rapariga experimenta uns óculos de sol que lhe tapam metade da cara. «Também vou ser médica!», diz entusiasmada. Com gestos inocentes, simula uma cesariana: «Vou abrir a barriga das mães para os bebés nascerem.». 

Outra, pequenina e determinada, anuncia que vai ser dentista e espreita para dentro da minha boca como se já estivesse a examinar os pacientes. Ironias da vida: os seus próprios dentes estão estragados pela cárie, sinal doloroso da falta de acesso aos cuidados mais básicos de saúde.

Observo-os com ternura. Todos querem a minha atenção, sonham em grande, agem como se o futuro já estivesse nas suas mãos. Mas a realidade é dura: a rapariga que sonha ser ginecologista vai deixar o jardim de infância dentro de um mês e provavelmente terminará aí a sua educação formal.

A única escola da aldeia, perdida entre as colinas e os vales do deserto, mal sobrevive. Os professores vêm de longe, dão umas horas de aulas e depois vão-se embora logo que podem. «Não vale a pena vir...», diz o diretor com um encolher de ombros. «Eles não querem estudar.». 

Mas nada podia estar mais longe da verdade.

Estas crianças querem aprender. Têm sonhos tão grandes como o horizonte que as rodeia, e uma inteligência viva, aguçada e brilhante. 

No caminho de regresso, passamos por um grupo de raparigas que, sem que ninguém as obrigue, caminham horas a fio todos os dias para irem à escola noutra aldeia. Sobem montanhas, atravessam estradas áridas, enfrentam o calor abrasador ou o frio cortante... tudo para manterem os seus sonhos.

Vemo-las caminhar, pequenas silhuetas ao sol, carregando mochilas e esperanças imensas. Não são apenas raparigas beduínas. São futuras médicas, dentistas, curadeiras das suas comunidades... 

E talvez, se o mundo ouvir e reagir, também protagonistas de um futuro mais justo e mais risonho.

Ir Cecília Sierra

Missionária Comboniana no Deserto da Judeia

14 de abril de 2025

JUMENTINHOS DO SENHOR


Iniciámos a Semana Maior com a dupla celebração do Domingo dos Ramos e da Paixão.

A bênção dos ramos, no início da liturgia, e a procissão para a igreja lembram a entrada real de Jesus em Jerusalém.

E, na minha infância, neste domingo também oferecíamos um raminho aos padrinhos, pare recebermos o folar na Páscoa: uma regueifa com ovos encrustados.

Este ano, liturgicamente falando, estamos no ano C e, por isso, lemos o evangelho de Lucas. 

O médico sírio de Antioquia conta que Jesus enviou dois discípulos para soltarem e lhe trazerem um jumentinho que estava preso na aldeia em frente e que ninguém havia montado. A quem os indagar, disse para responderem: «O Senhor precisa dele!». 

Foi o que fizeram.

«Trouxeram-no, então, a Jesus e, depois de terem lançado as suas capas sobre o jumentinho, ajudaram Jesus a montar. Enquanto Jesus avançava, iam estendendo as suas capas no caminho. E quando Ele já estava próximo da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos começou, cheia de alegria, a louvar com voz forte a Deus por todas as ações poderosas que tinham visto. E diziam:  “Bendito o rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!”» (Lucas 19, 35-38).

A leitura breve da oração da manhã explicou a razão para a escolha de Jesus, citando a profecia de Zacarias: «Exulta de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti; Ele é justo e vitorioso; vem, humilde, montado num jumento, sobre um jumentinho, filho de uma jumenta» (Zacarias 9, 9).

Jesus desceu de Betânia para Jerusalém montado no jeriquinho. Uma viagem de talvez meia hora.

Eis o nosso Deus: chamamos-lhe de omnipotente, omnisciente, omnipresente. Mas apresenta-se desarmado, desempoderado, humilde, montando não um ginete adestrado para a guerra, mas um modesto jumentinho. Justo e vitorioso, a caminho da paixão e morte e ressurreição, o seu mistério pascal. Que paradoxo!

Talvez Jesus não tivesse muita prática equestre, porque teve de ser ajudado a montar o pequeno asno. Mas precisou dele! E da ajuda que lhe deram...

Hoje, ele precisa de ti e de mim para sermos seus jumentinhos. Mesmo que estejamos calvos, corcundas e desdentados!

Desta feita, não é para voltar a entrar em Jerusalém – lá não há lugar para ele, mas no coração de cada homem e mulher, de cada pessoa nossa parceira do humano viver.

Tu e eu somos os jumentinhos que Jesus quer precisar para entrar nas Jerusaléns de hoje, a vida de cada pessoa amada e criada por Deus.

Somos os jeriquinhos que ele precisa quando anunciamos com a vida e, se for preciso, com a palavra, que Jesus é o rei que vem em nome do Senhor, que é paz no céu – e na terra – e glória nas alturas, o Salvador e Senhor. 

Aceitas ser jumentinha do Senhor? Aceitas ser jumentinho do Senhor? Eu aceito!

Semana Maior generosa!

10 de abril de 2025

JESUS EM PONTO-CRUZ


 A cada ponto em forma de cruz, o rosto de Jesus aparecia como um mistério que se revela pouco a pouco. 

Pedimos a duas jovens beduínas que bordassem uma imagem de Jesus em ponto de cruz. Elas aceitaram sem hesitar, mergulhando na delicada arte de modelar o seu olhar, os seus cabelos, cada traço do seu rosto.

Enquanto observava os bordados, pensei na mulher que, num gesto de amor e de coragem, limpou o rosto ensanguentado de Jesus a caminho do Calvário. Verónica deve ter ficado atónita ao ver o seu rosto sofredor impresso no pano.

«Olha como me saiu!», disse uma delas, com os olhos a brilhar de satisfação. 

Enquanto olhava para a imagem nítida, senti dentro de mim o eco daquela cena antiga nas ruas de Jerusalém.

«É Jesus!», sussurrei.

«Eu sei!», respondeu-me com um sorriso.

Quisemos oferecer um presente a duas amigas no seu 25º aniversário de consagração. A jovem, comovida, olha para o seu trabalho.

«Terão sempre diante dos olhos o teu trabalho!», disse eu no meu coração, como resposta silenciosa ao convite: «Procurai o seu rosto.».

«O teu rosto procurarei, Senhor!».

Ir Cecília Sierra

Missionária Comboniana

com os beduínos no Deserto da Judeia