O mercado cambial entrou
em ebulição no Sudão do Sul: o Governador do Banco Central
Kornelio Koriom Mayien na segunda à noite introduziu uma reforma para unificar
o câmbio oficial com o paralelo e assim controlar o mercado negro das divisas
estrangeiras e incentivar o investimento internacional.
Em termos práticos um
dólar americano passou a valer 4.50 libras sul-sudanesas em vez das 2:96. A
mudança cambial provocou uma desvalorização de cerca de 40 por cento da libra.
Um Euro passou de cinco para seis libras.
As reações não se fizeram
esperar. Os postos de combustíveis fecharam logo na expectativa de que o novo câmbio
tornasse a gasolina e o gasóleo mais caros.
Sem combustíveis, os
transportes públicos quase pararam e a maioria dos funcionários teve que voltar
para casa e hoje de manhã para o trabalho a pé… No mercado negro, um litro de
gasolina saltou de 10 para 20 libras.
Os deputados não gostaram
nada da reforma do sistema cambial e exigiram que na quarta-feira o governador
e o ministro da economia viessem ao parlamento explicar a bondade de uma
reforma contestada por aumentar a inflação além de afetar os lucros daqueles
que conseguem comprar dólares a 3,16 libras no Banco Central e vendê-los no mercado
negro a 4,50 ou mais.
Depois de uma sessão ruidosa
no parlamento, o Governador Koriom teve de dar o dito pelo não dito e inverter
as medidas de segunda-feira.
Claro que noutro país o Dr
Koriom só tinha uma saída para um fiasco tão grande: a demissão. Mas o Sudão do
Sul é um país de brandos costumes e tudo continua como dantes.
Sem comentários:
Enviar um comentário