Missionário Comboniano P.
Fernando Zolli com ministra Cècile Kyenge
Membros da administração
geral dos Missionários Combonianos escreveram uma carta aberta à Conferência
Episcopal Italiana a pedirem uma tomada de posição sobre afirmações racistas de
um alto dirigente político contra uma ministra italiana de origem africana.
Esta semana, o
vice-presidente do senado italiano, Roberto Calderoli, comparou a
ministra da integração Cècile Kyenge a um orangotango. A ministra Kyenge
é uma cidadã italiana de origem congolesa.
Os padres Mariano Tibaldo,
Jorge Garcia, Arlindo Ferreira Pinto, John Baptist Opargiw, Arnaldo Baritussio e
Enrico Redaelli escreveram uma Carta Aberta ao Presidente da Conferência
Episcopal Italiana Cardeal Angelo Bagnasco a pedir que a Igreja italiana
chame à responsabilidade os políticos que usam frases racistas para conseguirem
baixos dividendos eleitorais.
Os seis Missionários Combonianos
dizem-se feridos com os «epítetos ofensivos» do político da Lega Nord, um
partido de extrema-direita.
«Queremos que a Igreja
italiana fale a uma voz contra este clima de ódio e de suspeita que está a
tomar conta da vida política italiana e da convivência civil», escrevem.
Os signatários pedem que
a “regeneração” moral e cultural da Itália encontre nos bispos «liderança
segura, clara e forte.»
O comentário racista do
senador teve grandes repercussões internacionais e causou uma onda de
indignação na Itália. Circula na internet uma petição para a demissão do
senador Calderoli que entretanto aprestou desculpas à ministra Kyenge.
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