Santino Morokomomo
Maurino aterrou em Juba uma hora antes do presidente Omar al Bashir.
Ele contou-me que foi
chamado há três dias à sede dos Serviços de Segurança e Espionagem Nacional e
que lhe deram três dias para comprar um bilhete de regressar ao Sudão do Sul sem
lhe indicarem as razões para a expulsão.
O padre Santino disse que
dois irmãos das Escolas Cristãs também foram expulsos do Sudão nestes dias e as
ordens para deixar o país podem estar relacionadas. Os dois irmãos, um francês
e outro egípcio, viviam no Instituto Católico de Línguas-Cartum, e dedicavam-se
a trabalham com crianças da Santa Infância e de rua e estavam sob a mira da
secreta, acusados de proselitismo.
O Padre Santino adiantou
que as expulsões se inserem num plano de islamização do país depois da independência
do Sudão do Sul: «Os cristãos do Sudão encontram-se em grande risco, porque o
regime quer apagar todos os vestígios deles no país.»
Questionado sobre a
expulsão de pessoal estrangeiro católico, o Presidente Bashir disse que no
Sudão como em qualquer país as pessoas têm que respeitar as leis do país.
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