Um grupo de mais de
setenta pessoas junta-se na segunda-feira em Yirol, Estado de Lakes, no Sudão
do Sul, para uma peregrinação a Santa Cruz, a missão a que Daniel Comboni mais
cinco colegas do Instituto Mazza chegaram a 14 de Fevereiro de 1858. Um mês e
meio depois, um dos membros da expedição morre e, a 15 de Janeiro de 1859, os
sobreviventes, com grandes problemas de saúde, abandonam definitivamente a
missão entre os Dinkas.
Não se sabe ao certo onde
Santa Cruz era. Foi construía na margem
do Nilo Branco a 6º 40’ de Latitude Norte mas em 155 anos o rio mudou de curso.
Há um lugar chamado Kenisa – Igreja, em árabe – que podia ser o lugar da missão
mas o comboniano espanhol José Parladé está convencido depois de algumsa
investigações junto da comunidade local que a missão seria em Pan Nhom, onde recentemente
construiu uma capela.
A peregrinação a Santa
Cruz sob o tema «Mil vidas para a missão… nas pegadas de São Daniel Comboni» insere-se
no programa do Ano da Fé da Província comboniana do Sudão do Sul e os
participantes – na maioria jovens – vêm das missões combonianas de Yirol,
Mapuordit e Tali e também de Rumbek. Algumas missionárias e missionários também
vão participar juntamente com os três pré-postulantes que começam a caminhada
formativa em Abril.
A peregrinação é feita de
camião – os primeiros dois dias – e a pé, o terceiro dia em que contamos dormir
em Pan Nhom, ou Santa Cruz. Os peregrinos vão passar algum tempo a rezar e a
conviver com os cristãos das capelas que se encontram a longo do percurso.
Os peregrinos vão rezar
pela proteção, paz, justiça e reconciliação para o Sudão do Sul e do Sudão para
um futuro comum e pacífico. Também vão rezar pelos 115 cardeais que vão
escolher o novo papa.
A peregrinação a Santa
Cruz foi planeada pela primeira vez em 2010 pelo falecido Bispo César Mazzolari
de Rumbek – que queria erguer no local uma cruz comemorativa – mas foi adiada
devido à insegurança provocada por rixas entre as comunidades Dinka e Nuer na
zona.
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