© JVieira
Centenas de pessoas desfilaram hoje pelas ruas de Juba vestidas de branco pela paz.A marcha inseriu-se nas comemorações do sétimo aniversário da assinatura do acordo de paz que pôs termo à guerra civil no sul do Sudão e abrir as portas para a independência do Sudão do Sul.
A iniciativa deveu-se ao grupo Concerned Citizens X South Sudan – Cidadãos Preocupado X Sudão do Sul – que nasceu há uma semana na sequência de mais um recontro sangrento entre duas tribos no Estado de Jonglei que matou mais de 2.000 pessoas e afectou outras 60.000.
O grupo apelou para que os cidadãos se manifestassem pela paz e contra os recontros étnicos, comuns no Sudão do Sul e está a recolher ajudas para os afectados pelos violentos combates no condado de Pibor, no leste do Estado de Jonglei.
UNOCHA, que coordena a ajuda humanitária, anunciou que está a montar a operação humanitária mais cara e complexa para ajudar as vítimas dos recontros étnicos no Estado. As estrada daquela zona do Sudão do Sul estão em muito mau estado e a ONU tem que montar uma ponte aérea para socorrer a população.
O Comissário do Condado de Pibor, Joshua Konyi, disse-me esta manhã que sete pessoas morreram de fome porque há cinco dias que não há comida para distribuir entre as pessoas que estão a regressar do mato – onde se esconderam – à cidade de Pibor.
Mais de 6.000 jovens da tribo Lou-Nuer atacaram o território da tribo Murle no início do ano semeando a morte e a destruição. O conflito entre as duas tribos vem de longe e tem dado origem a ondas de vingança e contra-vingança que fez milhares de vítimas.
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