O presidente do Sudão do
Sul anunciou que o primeiro governo da república vai ter 29 ministérios.
Salva Kiir Mayardit tinha
prometido um governo magro, mas afinal só reduziu dois ministérios em relação
ao último executivo. Bem, os conceitos são inculturados: os Dincas são magros
mas também são muito altos. E o presidente e grande parte dos seus
colaboradores vêm dessa tribo.
A novidade maior é a
criação do ministério da Segurança Nacional sob o controlo do Gabinete do
Presidente. Kiir quer puxar para si os assuntos delicados da segurança interna,
mas vai ter que partilhar o poder com o ministro da defesa que controla os
militares e o do interior que é o patrão das polícias.
O ministério da Paz e da
Execução do Acordo de Paz foi abolido.
Houve pastas que foram reagrupadas
como a da Cultura e Património com a da Juventude e Desporto, Investimentos com
Comércio e Indústria e Trabalho e Funcionalismo Público com Recursos Humanos.
Outros ministérios foram
desdobrados: Estradas e Transportes deu origem a Estradas e Pontes mais Transpores
enquanto Energia e Minas foi transformado em Petróleo e Minas mais
Electricidade e Barragens.
Os ministérios dos
Assuntos Internos, Cooperação Regional e Assuntos do SPLA e dos Veteranos foram
rebatizados Interior, Assuntos Internacionais e Cooperação Regional e Defesa e
Assuntos dos Veteranos, respectivamente.
Agora falta nomear os
respectivos ministros – e vice-ministros, um cargo criado pela Constituição
Transicional. O país tem sido governado por ministros interinos e a expetativa
é grande sobe os nomes dos novos executivos.
O presidente Kiir tem
estado sob alguma pressão porque vai ter que «encostar» alguns ministros «indefetíveis»
devido a problemas com a corrupção.
1 comentário:
e destes 29 ministérios, quantos é que ficam para os Dinkas e quantos para os Nuer, Luer e outras tribos insatisfeitas com o predomínio dinka?
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