O BANQUEIRO DOS POBRES
Muhammad Yunus, do Bangladesh, e o Banco Grameen, que fundou, foram hoje distinguidos com o Prémio Nobel da Paz pelo trabalho no desenvolvimento de oportunidades económicas e sociais entre os mais pobres.
Muhammad Yunus, do Bangladesh, e o Banco Grameen, que fundou, foram hoje distinguidos com o Prémio Nobel da Paz pelo trabalho no desenvolvimento de oportunidades económicas e sociais entre os mais pobres.
Muhammad Yunus nasce em 1940 em Chittagog, no Bangladesh. Tem 13 irmãos. Licencia-se em Economia. Entretanto, faz um doutoramento nos Estados Unidos.
Regressa ao Bangladesh depois de este se tornar independente do Paquistão. Fica chocado. Grande parte da população morre de fome. Milhões de pessoas vivem sem meios para vencer a pobreza. Os bancos não emprestam dinheiro a quem não lho pode devolver.
Yunus vive intranquilo. Começa por identificar as pessoas que têm dívidas nas redondezas da universidade onde dá aulas. Depois, empresta-lhes dinheiro do próprio bolso. Não põe condições nem prazos ao valor da dívida. Com uma particularidade. Yunus empresta o dinheiro sobretudo a mulheres. Como ele diz: «Quando uma mulher colhe rendimentos da sua actividade, são os seus filhos que beneficiam.» Para seu espanto, os empréstimos são-lhe devolvidos.
Animado, vai ao banco local e tenta convencer o gerente a fazer pequenos empréstimos às pessoas da aldeia. A resposta é negativa.
Yunus oferece-se como fiador. E decide inverter o sistema. Em1983, cria o Banco Grameen, o Banco dos Pobres, para emprestar pequenas somas de dinheiro a quem vive abaixo do limite mínimo da pobreza. Esta instituição bancária tem outra particularidade: os donos do Grameen são os seus próprios clientes.
Vinte e dois anos depois, o Banco dos Pobres já fez empréstimos de mais de 170 mil milhões de euros. Estes créditos permitem aos beneficiados executar microprojectos que geram emprego e rendimentos para toda a família.
Hoje, o Grameen é uma história de sucesso com mais de mil sucursais em todo o mundo. O modelo de Yunus inspirou perto de sete mil organizações em 59 países. A Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC), em Portugal, é uma delas.
1 comentário:
exemplos como este tem que ser mais divulgado e esperimentados em nossa patria sulamericana.
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