10 de abril de 2020

HINO À CRUZ



O Salvador do mundo realizou as suas maravilhosas conquistas de almas

com a força desta cruz que fez cair o paganismo,

derrubou os templos profanos, transtornou as potências do Inferno

e se fez altar não de um único templo, mas altar de todo o mundo.

Esta cruz, que empreendeu o seu caminho do alto do Gólgota

e que encheu o universo da sua força,

nos templos recebeu adoração e nas cidades a maior veneração;

é respeitada como distintivo nas bandeiras

e invocado sobre os majestosos mastros das naves.

Deu à fronte sacerdotal a consagração

e à dos monarcas uma coroação sagrada.

Sobre o peito dos heróis comunicou entusiasmo.

Terra, mar e céu reconhecem a Cruz e em toda a parte se lhe prestam honras.

Entre as dores e os espinhos nasceu e cresceu a obra da redenção

e, por isso, apresenta um desenvolvimento admirável

e um futuro alentador e feliz.

A cruz tem a força de transformar a África Central em terra de bênção e de salvação.

Dela brota uma força que é doce e que não mata,

que renova as almas e desce sobre elas como um rocio restaurador;

dela brota uma grande força, sim,

porque o Nazareno, levantado na árvore da cruz,

estendida uma mão para Oriente e a outra para Ocidente,

recolheu todos os seus eleitos no seio da Igreja;

e com as suas mãos trespassadas sacudiu, qual outro Sansão, as colunas do templo,

onde desde havia tantos séculos se prestava adoração ao poder do mal.

Sobre aquelas ruínas Ele arvorou a cruz maravilhosa que tudo atrai para si:

«Quando for levantado da terra, atrairei todas as coisas para mim!».

† Daniel Comboni

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