As autoridades civis agradeceram, compungidas, compostas, aos cristãos por terem aceitado celebrar a Páscoa, sua festa maior, a mãe de todas as celebrações, em casa, através dos meios de comunicação social, sem cerimónias nas igrejas nem visita pascal aos lares.
Postura e lágrimas de crocodilo!
Logo depois decidem que o 25 de abril e o primeiro de maio vão ter celebrações públicas condignas na casa da democracia e nas ruas de Portugal em pleno estado de emergência.
O recato que agradeceram aos cristãos na sua Páscoa porque não o seguiram eles próprios: deputados e membros do Governo?
É altura de dizer: bem prega o político Tomás, olha para o que ele diz, não olhes para o que ele faz.
E nós, cidadãos cristãos, assistimos serenos a mais um tiro no pé da ética republicana: exigem dos outros o que eles não querem fazer. Quando exercemos o direito à indignação que até o próprio Jesus praticou (Marcos 10. 14)? Ser obediente é diferente de ser rebanho.
Em estado de emergência devido à pandemia que não escolhe pessoas - o novo coronavirús é muito democrático e ataca a todos, fazia todo o sentido que o estado tivesse sentido de Estado e promovesse ele próprio uma celebração recatada, em casa, através dos meios de comunicação social.
Até porque a família, que é a Igreja doméstica, também é o Estado doméstico.
Não acharam assim… Depois queixam-se que os populistas ganham terreno! Dão-lhe a praça de mão beijada...
Não acharam assim… Depois queixam-se que os populistas ganham terreno! Dão-lhe a praça de mão beijada...
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