27 de abril de 2020

PALMAS PARA SAÚDE, EDUCAÇÃO


A saúde e a educação, os setores profissionais que o Governo mais antagonizou na legislatura anterior, estão a dar uma resposta generosa e dedicada à pandemia que nos aflige nestes dias de prova.

São as minhas heroínas e os meus heróis!

Médicos, enfermeiros e outros profissionais do setor encaram o coronavírus olhos nos olhos. Com dedicação generosa e abnegada mantêm-se na linha da frente do combate à pandemia à custa da própria saúde e arriscando a vida.

Não desarmaram nem se retiraram mesmo quando os meios de proteção escasseavam, apesar de os líderes o negarem num ato de malabarismo político estulto.

Mexe muito comigo ver enfermeiras e médicos, enfermeiros e médicas, a sair dos longos processos de cura da Covid19 e voltarem com ânimo redobrado à luta pela saúde e bem-estar dos «seus» pacientes.

Os professores também tiveram de requalificar os seus métodos de ensino literalmente da noite para o dia.

Primeiro, através de mensagens eletrónicas e telefonemas; depois através de plataformas de videoconferência e de outros meios que aprenderam a usar durante as férias da Páscoa.

Outros, enfrentam a frieza das câmaras para ensinar os alunos através da telescola.

Agora, não basta o Governo incensar o profissionalismo destes dois setores fundamentais para a nossa sociedade.

O Governo tem de meter a carteira onde tem a boca seguindo a liderança de algumas instituições do setor privado que estão a reconhecer a excelência da dedicação dos seus funcionários com prémios monetários.

O pessoal de saúde corre riscos enormes e trabalha até à exaustão com horas extraordinárias acumuladas nos cuidados intensivos, nos diagnósticos e na tele-saúde.

Merecem ser reconhecidos com um subsídio de risco e verem o trabalho extra pago para não ir parar ao buraco negro que é banco das horas.

Os professores estão a trabalhar de casa. O teletrabalho custa dados nos telemóveis, energia elétrica, tempo de vida dos computadores e dos telemóveis. Os alunos e os encarregados da educação telefonam a qualquer hora para tirar dúvidas ou para matar a solidão.

Também eles merecem uma gratificação pela dedicação, empenho, requalificação e despesas extraordinárias que os seus orçamentos estão a suportar a favor do Estado.

Quando isto terminar, o Governo vai ter a obrigação ética de se sentar à mesa com os representantes destes dois setores-chave para a vida e bem-estar do país e atender às suas queixas, que são reais, não são queixinhas.

Assim faz sentido bater palmas e proferir discursos de louvor.

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