José Sócrates, primeiro ministro de Portugal, inicia a 30 de Janeiro uma visita oficial de cinco dias à China. No mesmo dia, Hu Jintau, presidente chinês, começa o seu terceiro périplo pela África. Até 10 de Fevereiro, vai estar nos Camarões, Libéria, Sudão, Zâmbia, Namíbia, África do Sul, Moçambique e Seicheles.
A China tem grandes interesses em África. O Financial Times noticiou que no final de 2005 havia cerca de 800 empresas e 78 mil operários chineses a operar no continente africano. Petróleo, armamento, indústria e construção representam as mais importantes áreas de investimento da nova potência económica asiática. Muita da mão-de-obra para os seus empreendimentos na África vem directamente das prisões da China.
Em África, o Governo chinês constrói infra-estruturas, financia governos e fornece armamento e tecnologia. Em troca recebe petróleo.
A China e os Estados Unidos disputam abertamente o acesso aos recursos energéticos africanos. África detém oito por cento das reservas mundiais de crude. Os chineses importam um terço do petróleo que consomem do continente negro. Angola é o seu maior fornecedor. Os americanos ficam-se pelos 15 por cento, mas em dez anos querem chegar aos 25.
O Presidente Jintau vai estar em Cartum nos dias 2 e 3 de Fevereiro. A China investiu no Sudão uns 10 mil milhões de dólares nos últimos 40 anos.
O Sudão é o maior fornecedor de petróleo da China. Mais de metade dos 500 mil baris de crude dos poços sudaneses alimentam as necessidades energéticas do dragão asiático, o que corresponde a dez por cento do total das importações chinesas de crude.
Os chineses construíram – com presos trazidos de casa – um oleoduto de 1600 quilómetros a ligar os poços de Bentiu ao porto de Port Sudan, no mar Vermelho; modernizaram a refinaria de Port Sudan e construíram um terminal para petroleiros; e exploram o petróleo em Bentiu, em Unity State, e no Darfur.
São os chineses que fornecem o Sudão de helicópteros, tanques, veículos militares de transporte, armamento pesado e ligeiro – que o governo sudanês revende aos países vizinhos; foram eles que montaram três fábricas de armamento na zona de Cartum; são os seus oficiais que dão instrução na academia militar e na força aérea sudanesa.
A China, em consórcio com outras empresas da Malásia, da Índia e dos Emiratos Árabes Unidos, constrói estradas, edifícios e barragens em Cartum e arredores.
A diplomacia chinesa protege o Sudão no Conselho de Segurança da ONU na questão do genocídio no Darfur e não permite sanções drásticas contra Cartum para «salvaguardar a soberania nacional e o petróleo do país».
A China tem grandes interesses em África. O Financial Times noticiou que no final de 2005 havia cerca de 800 empresas e 78 mil operários chineses a operar no continente africano. Petróleo, armamento, indústria e construção representam as mais importantes áreas de investimento da nova potência económica asiática. Muita da mão-de-obra para os seus empreendimentos na África vem directamente das prisões da China.
Em África, o Governo chinês constrói infra-estruturas, financia governos e fornece armamento e tecnologia. Em troca recebe petróleo.
A China e os Estados Unidos disputam abertamente o acesso aos recursos energéticos africanos. África detém oito por cento das reservas mundiais de crude. Os chineses importam um terço do petróleo que consomem do continente negro. Angola é o seu maior fornecedor. Os americanos ficam-se pelos 15 por cento, mas em dez anos querem chegar aos 25.
O Presidente Jintau vai estar em Cartum nos dias 2 e 3 de Fevereiro. A China investiu no Sudão uns 10 mil milhões de dólares nos últimos 40 anos.
O Sudão é o maior fornecedor de petróleo da China. Mais de metade dos 500 mil baris de crude dos poços sudaneses alimentam as necessidades energéticas do dragão asiático, o que corresponde a dez por cento do total das importações chinesas de crude.
Os chineses construíram – com presos trazidos de casa – um oleoduto de 1600 quilómetros a ligar os poços de Bentiu ao porto de Port Sudan, no mar Vermelho; modernizaram a refinaria de Port Sudan e construíram um terminal para petroleiros; e exploram o petróleo em Bentiu, em Unity State, e no Darfur.
São os chineses que fornecem o Sudão de helicópteros, tanques, veículos militares de transporte, armamento pesado e ligeiro – que o governo sudanês revende aos países vizinhos; foram eles que montaram três fábricas de armamento na zona de Cartum; são os seus oficiais que dão instrução na academia militar e na força aérea sudanesa.
A China, em consórcio com outras empresas da Malásia, da Índia e dos Emiratos Árabes Unidos, constrói estradas, edifícios e barragens em Cartum e arredores.
A diplomacia chinesa protege o Sudão no Conselho de Segurança da ONU na questão do genocídio no Darfur e não permite sanções drásticas contra Cartum para «salvaguardar a soberania nacional e o petróleo do país».
Não é de estranhar, pois, que com tantos interesses em jogo Hu Jintau tenha preferido visitar a África de vez de ficar em Pequim para tomar chá verde com José Sócrates e a sua comitiva. Portugal conta muito pouco para os interesses estratégicos da China.
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