3 de abril de 2009

AWASSA

Um sorriso Sidamo

Lago Awassa: Barco turístico
Atletas de rua

Bajaj, o novo táxi

Padre Adelmo e Irmã Sandra no Eremitério Maranatha

Rua principal com a catedral ortodoxa ao fundo

Awassa vista do Monte Tabor com o Lago ao fundo

Dez anos atrás Awassa era uma cidade poeirenta e pacata junto ao lago que lhe deu o nome.
Hoje, Awassa cresceu, tornou-se num centro universitário e na segunda maior cidade do país.
As ruas de terra batida foram alcatroadas e outras rasgadas. As cabanas tradicionais estão a dar lugar a bairros feitos de cimento.
Entretanto, uma dezena de universidades foram abertas na cidade com mais de 30 mil estudantes. À faculdade de Agricultura e ao Instituto de Formação de Professores, juntaram-se universidades relacionadas com ciências médicas e administração. E os hospitais privados são também uma novidade.
A Escola Secundária Comboni, dirigida pelas Combonianas, continua a ser uma referência pela qualidade do ensino e resultados dos alunos nos exames nacioanais e a escola de labores femininos foi transformada em Escola de Secretariado, Bibliotecários, formação de computadores e outros diplomas reconhecidos pelo Governo.
Os tradicionais gari, as carroças-taxis puxadas a cavalo, foram substituídos por Bajaj, triciclomotores indianos.
Antes, o comércio era insípido e pouco se encontrava à venda nas poucas lojas que havia em Awassa. Agora não. Os supermercados estão bem fornecidos e oferecem uma variedade de produtos assinalável.
Awassa, a capital do Estado Regional das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul, cresceu e está irreconhecível para melhor.
Awassa fica no sopé de um pequeno monte chamado Tabor. Um sábado subi-o para admirar a cidade e o lago. Fiquei espantado com o número de jovens protestantes que usam o sábado de manhã para praticarem a arte de pregar e de liderar a oração das comunidades.
A Igreja católica também continua a crescer e a localizar-se cada vez mais com um bom número de padres nativos no activo. O estilo de oração litúrgica também mudou: mais exuberante e próximo das igrejas protestantes.
O Lago de Awassa continua a ser um recanto de paz, apesar de estar a perder arvores à sua volta e também pássaros – que são uma das suas maiores atracções.
Talvez o lugar mais interessante seja o Eremitério Maranatha que o meu amigo padre Adelmo Spagnolo foi construindo ao longo dos anos, espaço a espaço com materiais locais, com simplicidade e respeitando o ambiente. Um oásis de paz e um pulmão de espiritualidade na margem do Lago Awassa.

1 comentário:

Jorge Rosmaninho disse...

Uau, estou abismado... Lembro-me bem das ruas de terra e das carrocas puxadas a cavalo! Um abraco desde a costa ocidental. JR