Com as irmãs Hanna e Carol e o padre Donatien
A Ir. Carol com a turma da 5ª classe
A floresta de Haro Wato
Vivi na aldeia de Haro Wato, nos montes Uraga, cinco anos. Há dez anos, quando a deixei, era um pequeno povoado dominado pela missão com as residências dos missionários e missionárias, clínica, escola e igreja. Aliás, a aldeia cresceu à volta da missão.
Agora a aldeia espreguiça-se ao longo da estrada e as cabanas tradicionais estão a dar lugar a casas mais fortes e cobertas a zinco.
A electricidade chegou à aldeia e os autocarros públicos também. A produção de café – introduzida quando vim em 2000 – está por detrás dos melhoramentos que a estrada registou. A via é reparada todos os anos e juntaram brita à terra batida o que facilita a condução durante os longos meses de chuva. Antes era um autêntico prato de papas.
Mas a surpresa maior encontrei-a na escola. Nos primeiros anos, o número de alunas contava-se pelos dedos das duas mãos. Agora elas são quase metade dos 230 alunos que frequentam o estabelecimento de ensino.
E as meninas estão a casar cada vez mais tarde. Antes casavam-se ao início da puberdade. Agora esperam pelos 18 anos.
A missão também está a crescer: os colegas juntaram dois quartos à nossa casa, construíram o salão paroquial, o cafezal que plantamos em 1999 já está a produzir bem, as irmãs fizeram um novo edifício para internar os doentes de tuberculose durante os primeiros meses de internamento.
Claro que foi óptimo re-encontrar algumas das pessoas e dos lugares que fizeram parte dos meus «Dias Felizes». Fiquei surpreendido com a fluência da língua: apesar de não falar Guji há nove anos, foi só começar e as palavras e as ideias alinhavam-se na minha mente.
Como não há bela sem senão, fiquei horrorizado pelo estado em que está a floresta: cada vez mais danificada pela agricultura e pela urbanização. E a casa para acomodar alunas de longe foi fechada depois de algumas ocupantes terem engravidado. O mesmo aconteceu às três cabanas para rapazes.
Encontrei os colegas – homens e mulheres – motivados e empenhados, apesar de terem dificuldade com a língua local. Mas os tradutores dão uma ajuda. E a Comissão Ecuménica acabou de publicar o Novo Testamento em Guji e tem a tradução da Bíblia em estado avançado embora o Guji que usam seja mais próximo do Oromo que falam no Oeste da Etiópia – e que é ensinado nas escolas – que a língua que os mais velhos falam.
Adorei visitar Haro Wato! E quero voltar antes que o caruncho me acabe com os joelhos de vez!
Agora a aldeia espreguiça-se ao longo da estrada e as cabanas tradicionais estão a dar lugar a casas mais fortes e cobertas a zinco.
A electricidade chegou à aldeia e os autocarros públicos também. A produção de café – introduzida quando vim em 2000 – está por detrás dos melhoramentos que a estrada registou. A via é reparada todos os anos e juntaram brita à terra batida o que facilita a condução durante os longos meses de chuva. Antes era um autêntico prato de papas.
Mas a surpresa maior encontrei-a na escola. Nos primeiros anos, o número de alunas contava-se pelos dedos das duas mãos. Agora elas são quase metade dos 230 alunos que frequentam o estabelecimento de ensino.
E as meninas estão a casar cada vez mais tarde. Antes casavam-se ao início da puberdade. Agora esperam pelos 18 anos.
A missão também está a crescer: os colegas juntaram dois quartos à nossa casa, construíram o salão paroquial, o cafezal que plantamos em 1999 já está a produzir bem, as irmãs fizeram um novo edifício para internar os doentes de tuberculose durante os primeiros meses de internamento.
Claro que foi óptimo re-encontrar algumas das pessoas e dos lugares que fizeram parte dos meus «Dias Felizes». Fiquei surpreendido com a fluência da língua: apesar de não falar Guji há nove anos, foi só começar e as palavras e as ideias alinhavam-se na minha mente.
Como não há bela sem senão, fiquei horrorizado pelo estado em que está a floresta: cada vez mais danificada pela agricultura e pela urbanização. E a casa para acomodar alunas de longe foi fechada depois de algumas ocupantes terem engravidado. O mesmo aconteceu às três cabanas para rapazes.
Encontrei os colegas – homens e mulheres – motivados e empenhados, apesar de terem dificuldade com a língua local. Mas os tradutores dão uma ajuda. E a Comissão Ecuménica acabou de publicar o Novo Testamento em Guji e tem a tradução da Bíblia em estado avançado embora o Guji que usam seja mais próximo do Oromo que falam no Oeste da Etiópia – e que é ensinado nas escolas – que a língua que os mais velhos falam.
Adorei visitar Haro Wato! E quero voltar antes que o caruncho me acabe com os joelhos de vez!
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