Nas traseiras de Comboni House, onde vivo, havia uma pequena praça. Havia, porque o espaço se transformou em quartel «informal» da segurança pessoal de Oboto Mamur, um dos cinco comandantes do SPLA, que é nosso vizinho.
O comandante Oboto Mamur veio de Torit, perto da fronteira com o Uganda, e pertence à etnia lotuko. Tem cerca de uma centena de homens no seu exército pessoal.
«Quando se chega a um determinado posto não se pode confiar em ninguém», explicou-me um sudanês.
Os homens do comandante Mamur não são grande vizinhança. Fizeram a «casa-de-banho» junto à nossa vedação e temos que aguentar o cheiro e a cena diária do banho «semi-público». Além disso, às vezes disparam durante a noite e têm o hábito de ouvir música em altos brados até tarde.
Os arbustos da nossa vedação também sofrem cada vez que varrem a improvisada parada. Um hóspede sudanês uma vez repreendeu os militares por estarem a danificar os arbustos. «São dos kawaja», dos estrangeiros – responderam. Ambiente sofre!
O que mais me choca é o caldo de violência em que esses militares vivem. Na parada da manhã, durante o nosso pequeno-almoço e diante da janela do refeitório, assistimos, sem querer, ao espectáculo horrível da punição dos faltosos. O castigo mais violento é o espancamento. Os culpados deitam-se no chão e são vergastados repetidas vezes.
Os soldados depois vingam-se da humilhação na população civil. No domingo, um homem foi amarrado e deitado no chão e maltratado durante bastante tempo até que o deixaram ir. Quando estava a uma distância segura começou a apedrejar os captores.
Um dos factores de insegurança no sul do Sudão são precisamente os exércitos privados dos comandantes locais e Juba é uma cidade altamente militarizada. As suas ruas são cruzadas constantemente por viaturas militares e da polícia: da UNMIS, do SPLA, das Forças Armadas Sudanesas, das diversas polícias (ONU, trânsito e outras forças). E, pelos vistos, das seguranças privadas dos muitos comandantes e chefes locais.
O comandante Oboto Mamur veio de Torit, perto da fronteira com o Uganda, e pertence à etnia lotuko. Tem cerca de uma centena de homens no seu exército pessoal.
«Quando se chega a um determinado posto não se pode confiar em ninguém», explicou-me um sudanês.
Os homens do comandante Mamur não são grande vizinhança. Fizeram a «casa-de-banho» junto à nossa vedação e temos que aguentar o cheiro e a cena diária do banho «semi-público». Além disso, às vezes disparam durante a noite e têm o hábito de ouvir música em altos brados até tarde.
Os arbustos da nossa vedação também sofrem cada vez que varrem a improvisada parada. Um hóspede sudanês uma vez repreendeu os militares por estarem a danificar os arbustos. «São dos kawaja», dos estrangeiros – responderam. Ambiente sofre!
O que mais me choca é o caldo de violência em que esses militares vivem. Na parada da manhã, durante o nosso pequeno-almoço e diante da janela do refeitório, assistimos, sem querer, ao espectáculo horrível da punição dos faltosos. O castigo mais violento é o espancamento. Os culpados deitam-se no chão e são vergastados repetidas vezes.
Os soldados depois vingam-se da humilhação na população civil. No domingo, um homem foi amarrado e deitado no chão e maltratado durante bastante tempo até que o deixaram ir. Quando estava a uma distância segura começou a apedrejar os captores.
Um dos factores de insegurança no sul do Sudão são precisamente os exércitos privados dos comandantes locais e Juba é uma cidade altamente militarizada. As suas ruas são cruzadas constantemente por viaturas militares e da polícia: da UNMIS, do SPLA, das Forças Armadas Sudanesas, das diversas polícias (ONU, trânsito e outras forças). E, pelos vistos, das seguranças privadas dos muitos comandantes e chefes locais.
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