6 de dezembro de 2006

Kivuli

Kizito Sezana com Joseph, o utente mais recente de Kivuli © J. Vieira


UMA SOMBRA ACOLHEDORA
Ontem visitei o Centro Kivuli para fazer uma reportagem fotográfica que me encomendaram. Confesso que fiquei emocionado com o que encontrei.
Kivuli é um oásis a rebentar de vida no seio do imenso e difícil bairro-de-lata de Raruta. Fica nos arrabaldes de Nairobi e acolhe cerca de 60 meninos da rua, dos três-quatro aos 18 anos. A instituição além do alojamento, também dá educação e uma profissão aos internos.
Além disso, cerca de 500 utentes usam diariamente diversas valências do centro: posto médico, farmácia, escola de computadores, carpintaria, serralharia, escultura, artesanato, corte e costura, dança, ginásio, campo de jogos, sala de estudo. O centro distribui comida e água e tem acompanhamento de VIH positivos.
O Kivuli – e mais três centros gémeos noutros tantos bairros problemáticos à volta de Nairobi – saiu do coração do padre Kizito Sesana como resposta ao número crescente de meninos da rua dos bairros à volta da capital.
O padre Kizito é um missionário comboniano italiano. Veio para a capital do Quénia há cerca de 20 anos para fundar a revista New People. Também está por detrás da Waumini, a rádio da Conferência Episcopal queniana. A estação emite 24 horas por dia em inglês e swahilli, a língua franca do Quénia. O
padre Kizito assina a coluna mensal «Ventos do Sul» na revista Além-Mar e escreveu alguns livros. Fundou o movimento leigo Koinonia e dirige a Shalom House também em Nairobi, além de outras actividades pastorais e sociais. Um verdadeiro leão de bem-fazer. Kivuli significa sombra em swahilli.

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