2 de novembro de 2009

INDEPENDÊNCIA

A declaração pró-independência do presidente do governo do Sul do Sudão está a causar muitas ondas.
Salva Kiir Mayardit disse na catedral católica de Juba no sábado que votar pela unidade no referendo de 2011 é escolher ser cidadão de segunda no próprio país enquanto que o voto pela independência representa a liberdade.
Eu passei as declarações à
Reuters e a BBC encarregou-se de as divulgar através do serviço mundial.
A avaliar por um artigo no portal
Sudan Tribune, as declarações independentistas de Kiir caíram como uma bomba em Cartum e deixaram diplomatas árabes e egípcios preocupados.
Um ministro do Governo do Sul do Sudão, conotado com posições unionistas, disse à representante da Reuters que o que o presidente disse não é bem o que queria dizer, que a análise da agência não era correcta.
Ontem, o presidente Kiir falou aos católicos que se reuniram na igreja patoquial de Rejaf para celebrarem a festa de Todos os Santos, encorajando-os a recensearem-se para as eleições.
A celebração contou ainda com a presença do presidente da Assembleia Legislativa do Sul do Sudão, alguns ministros do governo regional, comissário do condado de Juba, o representante especial dos Estados Unidos para o Sudão, Scott Gration, e a cônsul-geral dos Estados Unidos em Juba.
A igreja, construída há mais de 70 anos pelos Missionários Combonianos, encontrava-se repleta de fiéis e a celebração, presidida pelo arcebispo de Juba, Dom Paolino Lukudu Loro, foi muito interessante. E longa: quase três horas!
Contudo, as celebrações foram ensombradas pelo despiste de um camião que fez oito mortos e inúmeros feridos entre os participantes que regressavam a Juba depois da festa. A estrada de terra batida tinho sido aplanada, um risco para os aceleras junatmente com carradas de pó e bermas muito moles.

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