O P. José Francisco de Matos Dias fez uma incursão sobre o tema da misericórdia na Bíblia e no magistério dos últimos papas.
«Com Jesus terminou definitivamente a época em que Deus era visto como um justiceiro vingativo. Jesus revelou o verdadeiro rosto de Deus que apenas salva, o rosto da sua misericórdia», sublinhou.
«A morte de Cristo foi o maior ato de misericórdia. Morreu de braços abertos. Os cristãos dão continuidade a esse ato de misericórdia», concluiu um grupo de trabalho.
A Ir. Maria do Carmo Ribeiro explorou a vertente comboniana do tema: «Comboni e a misericórdia, desafios para a missão.»
«Como missionários da misericórdia, que trabalham para a fraternidade, para um mundo irmão, [somos chamados a] trabalhar em comunhão, renunciando à tentação sempre presente do protagonismo que nos ilude que fazemos mais e melhor», disse.
«Nós somos as mil vidas de Comboni para a missão», adiantou um grupo de reflexão.
O dia terminou com uma acção com os sem-abrigo nalgumas zonas do Porto.
No domingo quatro pessoas partilharam experiências de misericórdia com doentes em hospitais, presos e carenciados.
O superior provincial, P. José Vieira, presidiu à Eucaristia de encerramento. «Contemplando o Senhor morto e ressuscitado de coração escancarado para acolher a todos aprendamos a ser verdadeiros anjos de misericórdia para todas as pessoas com quem nos cruzamos», concluiu a homilia.
«Este fim-de-semana sobre a espiritualidade das obras de misericórdia tem sido muito produtivo e muito emocionante, não existiu nenhum testemunho que não me tocasse no coração. Sem dúvida que ser misericordioso é algo incrivelmente bom. Mais uma vez pude encher o meu coração com estas histórias e exemplos de vida que me fazem sorrir, crescer e aprender», escreveu na avaliação a Rita do Fé e Missão.
Os participantes incluíram leigos ligados aos quatro ramos da família comboniana e missionárias e missionários dos mesmos. A presença de um casal africano com duas filhas pequenas juntou uma nota de vida ao encontro.
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