10 de abril de 2010

REFLEXÃO


Os eleitores hoje estão em reflexão depois de a campanha ter terminado ontem para as eleições de amanhã, a primeira vez que vão votar em 25 anos.
A última semana foi bem confusa. Depois de o SPLM retirar o candidato à presidência da república, um número considerável de partidos da oposição seguiu-lhe a liderança e decidiu boicotar todo o processo eleitoral no norte.
Entretanto, na terça-feira o secretário-geral do SPLM, Pagan Amum, anunciou que o seu partido também boicotava as legislativas no norte excepto em Blue Nile e South Kordofan.
Dois dias depois, Salva Kiir Mayardit, o chefe do SPLM e candidato a presidente do Sul, disse num comício em Bentiu que não era bem assim: que o partido tinha decidido retirar-se só da corrida à presidência e que os candidatos a deputados e governadores do SPLM em estados do Norte se mantinham na refrega, posição que repetiu ontem durante uma conferência de imprensa em Juba. Prenúncio de crise de liderança?
Entretanto, correu o boato que o governo ia fechar as fronteiras durante os três dias das eleições e muitos dos etíopes, ugandeses e quenianos a viver no sul do Sudão fizeram as malas e foram para casa.
Resultado? O fornecimento de produtos alimentares a Juba baixo consideravelmente e os preços subiram em proporção. Um bilhete de autocarro de Juba para Campala passou de 40 libras sudanesas para 200!
Hoje a arquidiocese de Juba organizou uma jornada de oração para que as eleições corram em paz e a comissão eleitoral do sul também convocando cristãos e muçulmanos para uma tarde de oração no centro cultural de Juba.
Resta esperar o que amanhã nos traz: o clima em Juba é sereno.

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