27 de maio de 2009

CONSELHO PASTORAL

Tom Tombe, da Sudan Aid (Caritas), preside aos trabalhos
© JVieira

A Arquidiocese de Juba começou na segunda-feira o seu 18º Encontro do Conselho Pastoral para definir o seu papel na sociedade de hoje.
Mais de 70 participantes estão a reflectir no papel da Arquidiocese no cuidado pastoral da sociedade, explorando as vertentes da juventude, da reconciliação do pós-guerra.
No discurso de abertura, o arcebispo de Juba convidou os participantes a verem a situação social e política através do olhar de pastores.
Dom Paolino Lukudu Loro convidou o Conselho a apresentar sugestões para melhorar o cuidado pastoral da arquidiocese, sublinhando que o encontro é um espaço de comunhão e partilha.
Na segunda-feira os participantes analisaram a situação das tendências culturais emergentes dos jovens de Juba. Alcoolismo, droga, bandos juvenis, desocupação, imitação foram alguns dos aspectos apontados.
O tema de ontem foi mais abrangente: o papel da arquidiocese na cura e reconciliação do pós-guerra.
Um advogado local apresentou uma análise demolidora da situação política do Sul do Sudão.
Dong Samuel Lauk acusou o governo regional de não investir nos cidadãos nem promover educação cívica nas escolas nem na sociedade em geral. Classificou os governantes de primitivos, mais preocupados em construir os «próprios legados» que com o futuro da sociedade.
Um padre diocesano, especialista em Direito Canónico, apresentou o tema da acção dos leigos a partir da legislação eclesial.
Os temas foram debatidos em grupos de trabalho e as conclusões discutidas em plenário.
Hoje começou a parte mais chata do encontro: a apresentação dos relatórios dos 11 párocos, líderes dos organismos eclesiais e superiores dos institutos religiosos.
O encerramento do encontro está previsto para sexta-feira com a presença da ministra do Género, Segurança Social e Assuntos Religiosos do Governo do Sul do Sudão.
O último encontro do Conselho Pastoral tinha sido feito há quatro anos.

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