17 de maio de 2009

BANDITISMO

Um missionário foi embosco e roubado na terça-feira feira na estrada que liga Rumbek a Yirol, no Estado de Lakes, Sul do Sudão.
O padre Titus Makokha, um comboniano do Quénia de 33 anos, foi atacado por três jovens armados enquanto viajava de motorizada. Os assaltantes pertenciam à etnia Dinka Agaar.
O missionário tinha chegado a Rumbek de avião, vindo de Juba, e dirigia-se para a sua missão a 120 quilómetros, quando os jovens o pararam e levaram para o mato, junto à picada.
Depois de lhe tirarem o que trazia mandaram-no ajoelhar. O padre pensou que o iam matar, mas os assaltantes fugiram com a motorizada deixando-o no meio de nada.
Uma jovem que o encontrou, alertou as autoridades e o padre Titus foi levado para a aldeia vizinha. A motorizada apareceu depois de uma busca que durou quatro horas. O mesmo não aconteceu ao capacete, telemóvel, dinheiro e outros bens pessoais.
O padre Titus disse que se manteve calmo durante os terríveis 10 minutos que durou o assalto.
Esta foi a segunda vez que o padre assaltado por bandidos que circulam livremente pelo Estado de Lakes. Ele encontra-se a trabalhar em Yirol, na diocese de Rumbek, com os Dinkas, há cerca de um ano.
O Sul do Sudão está a sofrer uma onda avassaladora de insegurança com conflitos inter-tribais e actos de banditismo a aparecerem por todo o lado, até mesmo às portas de Juba e o exército regional mostra-se incapaz de intervir efectivamente.
O Sul aponta o dedo acusador ao norte, mas até agora não apresentou provas concretas do envolvimento de Cartum na violência sulista, embora o Secretário-Geral do SPLM, o partido que governa o Sul, tenha acusado o National Congress, que detém o poder em Cartum, de armar os beligerantes e incitar à violência inter-tribal.
O registo eleitoral começa em Junho e previa-se uma quebra de segurança durante o processo das eleições que termina em Fevereiro de 2010 com o exercício do voto propriamente dito.

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