O GRITO DOS EXCLUÍDOS
O Brasil comemora hoje o dia da independência. Em 1822, marcou a sua autonomia através do Grito do Ipiranga. Hoje, fá-lo com o Grito dos Excluídos em pelo menos 1500 cidades. O tema deste ano é «Brasil: na força da indignação, sementes da transformação».
O Grito dos Excluídos é um protesto colectivo contra todas as formas de exclusão: sem-tecto, vendedores ambulantes, catadores de material reciclável, gente de rua, desempregados, vítimas de exploração sexual e da violência, mulheres, povos indígenas, idosos, povos negros, homossexuais masculinos e femininos, portadores de deficiência, dependentes químicos, entre outros.
«Estamos na 12.ª edição e, a cada ano, o número de participantes aumenta. Isto significa que, enquanto tivermos excluídos e excluídas, o Grito vai continuar. E isso não importa se estamos ou não num governo considerado de esquerda. A exclusão não tem lado, ela tem pessoas afectadas em sua dignidade. E é por isso que o Grito existe», afirma Luís Bassegio, coordenador do Grito.
O evento terá o seu epicentro na cidade de Aparecida (interior do Estado de São Paulo), juntamente com a Romaria dos Trabalhadores, organizada pela Pastoral Operária dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, Pastoral dos Migrantes e Romaria a Pé.
O Grito dos Excluídos e Excluídas é promovido pela Pastoral Social da Igreja Católica, em parceria com numerosos movimentos sociais.
Entretanto, a 12 de Outubro celebra-se o Grito Continental em 11 países da América Latina. O Grito Continental concentra as atenções contra as áreas de livre comércio, a dívida dos países pobres, o neoliberalismo e a guerra, e chama a atenção para a soberania alimentar dos povos, autonomia dos países, políticas justas para os imigrantes, educação, autodeterminação das mulheres, entre outras.
Costa Rica, Panamá, Nicarágua, Honduras, Bolívia, Argentina, Porto Rico, Colômbia e Cuba são alguns dos países envolvidos na edição do Grito Continental.
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