Este ano tiveram a ajuda valiosa de cinco jovens vindos de Adis-Abeba, a capital da Etiópia, mais cinco rapazes e duas raparigas da cidade de Adola, no Sul do país, onde as Missionárias têm uma comunidade que cuida de mais de 150 doentes, alguns incapacitados, outros em tratamento da tuberculose e outras doenças.
O campo deste ano teve três edições: Adola, Soddu Abala e Qillenso.
Meninas e meninos entre os cinco e os quinze anos tiveram a oportunidade de passar duas semanas especiais cheias de alegria em cada centro.
Em Adola, cerca de 470 pequenos desfrutaram, de segunda a sexta, de umas férias especiais com muita animação, jogos, canções, catequese, oração e um lanchinho diário. Porque as atividades puxam pelo corpo e é preciso repor as energias.
Muitos outros tiveram de ficar de fora por falta de espaço e de animadores. Um dia passei pela rua em frente ao espaço onde os participantes brincavam e tive pena dos que seguiam as atividades do outro lado da rede.
Em Soddu Abala, uma paróquia rural entre o povo guji, vizinha de Adola, os participantes rondaram os 250. Qillenso, a minha casa, contou com cerca de 170 petizes.
Ao todo, quase mil crianças e adolescentes beneficiaram das atividades estivais especiais.
Para facilitar as atividades, os participantes são divididos em grupos. Os mais empenhados de cada grupo são premiados.
O campo de Qillenso concluiu com uma missa.
Os pequenos escolheram os cânticos — entre os muitos que aprenderam — e fizeram as orações. Foi uma verdadeira festa de fé. Presidi à celebração e adorei estar e rezar com aquele grupo de gente pequena tão empenhada e animada.
No final do encontro todos os participantes recebem uma peça de roupa como recordação.
O campo de férias representa uma ocasião para as Irmãs avaliarem o estado de saúde dos participantes sobretudo em matéria de malnutrição. A guerra na Ucrânia encareceu os produtos essenciais — farinha, óleo e açúcar custam o dobro — e alguns pais têm dificuldades em alimentar os filhos.
Quando aqui cheguei, há dois anos, um litro de gasóleo custava 27 birr. Agora está quase nos 80.
Para os organizadores, duas irmãs e a dúzia de voluntários e voluntárias que com elas trabalharam, foram seis semanas de muito trabalho e cansaço.
Soddu Abala fica a uma dúzia de quilómetros de Adola, mas a picada florestal está em muito mau estado. Para chegar a Qillenso é preciso fazer 35 quilómetros de estrada asfaltada que sobe cerca de 500 metros. Os facilitadores estavam baseados em Adola e tinhas de se fazer à estrada de segunda à sexta.
Mas, no final, tanto participantes como facilitares, exprimiam a alegria imensa de fazer os outros felizes. Sobretudo os mais pequenos.
Para o ano há mais! Se Deus quiser!
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