Os padres António Martins, Gregório dos Santos, Manuel Anjos e Manuel Horta celebraram juntos no domingo, 15 de julho, as bodas de ouro sacerdotais no Seminário das Missões em Viseu.
Os quatro foram ordenados padres por Dom José Pedro da Silva, o bispo açoriano de Viseu, a 13 de julho de 1968 na mesma capela, juntamente com mais três colegas: um faleceu e dois casaram.
Na mesma cerimónia foi ordenado diácono o P. Alexandre Ferreira.
A capela foi pequena para a missa jubilar.
Familiares, amigos, benfeitores e vizinhos estiveram presentes na Eucaristia presidida pelo superior provincial.
Durante a homilia, o P. Horta falou em nome dos quatro jubilados.
«Formos chamados pela graça de Deus, escolhidos de Deus para uma missão», disse.
Recordou que um comboniano lhe perguntou na sacristia de Vila Nova de Tazem se queria ser missionário.
Respondeu: «Não sei bem o que é, mas acho que sim.»
Coube ao P. Gregório apresentar os agradecimentos.
«A palavra bem-haja, obrigado brota do nosso coração ao Pai da messe e a todos os que nos ajudaram ao longo deste tempo», disse.
Recordou alguns combonianos já falecidos, benfeitores e amigos.
A Província ofereceu aos quatro jubilados um crucifixo alusivo às bodas de ouro.
A Eucaristia foi solenizada pelo coro dos jovens da Capela.
Cerca de 60 convidados participaram no almoço de confraternização.
Os quatro padres de ouro têm percursos interessantes.
O P. Horta foi missionário em Moçambique, provincial de Portugal, viveu uma década em Roma como secretário-geral da formação e superior da comunidade de Roma. Atualmente é administrador da Editorial Além-Mar.
O P. Gregório, que também foi provincial de Portugal, passou a sua vida missionária ente o Brasil e Portugal. Vive em Lisboa.
O P. Anjos viveu quase sempre em Moçambique: juntou à evangelização o estudo de duas línguas locais. Publicou dicionários e gramáticas. Faz parte do grupo que está a traduzir a Bíblia para cinyungwe, a língua de Tete.
O P. Martins começou o serviço missionário em Portugal. Foi capelão militar em Angola durante dois anos e também trabalhou no Peru (esteve em Cerro de Pasco , a paróquia católica mais alta do mundo, a mais de 4000 metros de altitude) e Brasil. É o capelão da capela da Maia.
A província portuguesa louva Jesus por partilhar o seu único sacerdócio ministerial com estes padres de ouro e agradece-lhes o exemplo da fidelidade e dedicação ao Senhor e à Sua missão.
Que o seu exemplo e alegria de vida atraiam mais jovens para a missão comboniana.