PARABÉNS

© JVieira

A Irmã Sandra hoje fez aninhos: 42! E a gente da Comboni House de Juba mais os amigos do Projecto Solidariedade com o Sudão juntámo-nos depois do jantar para partir o bolo de aniversário e partilhar umas guloseimas e bebidas. Foi giro.
A Sandra é uma comboniana brasileira e ensina inglês na Escola Secundária Comboni, entre outras - muitas coisas. Parabéns, pois!

DOIS CACHORROS

GRANDE OFICIAL

© Além-Mar

O P.e Alfredo Ribeiro Neres, missionário comboniano, 70 anos, foi agraciado pelo Presidente da República com a Ordem de Mérito – Grande Oficial no dia 10 de Junho.
O missionário recebeu a distinção na Embaixada de Portugal em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, onde ele se encontra.
Na cerimónia, o secretário de Estado da Justiça, João Tiago Silveira, em representação do Presidente da República, elogiou o trabalho desenvolvido pelos Combonianos naquele país, onde sobressaem a construção de infra-estruturas, concretização de projectos agrícolas, criação de cooperativas paroquiais, assistência nas prisões e leprosarias.
O agraciado reconheceu ser uma «mínima parte» em todo esse trabalho e vê no prémio um reconhecimento não a si próprio, mas a todos os missionários espalhados pelo mundo.
«Espero que esta condecoração não seja fruto do meu mérito pessoal, mas simplesmente o reconhecimento do Estado português pelo trabalho que muitos milhares de missionárias e missionários portugueses têm desenvolvido e continuam a desenvolver no mundo».
O P.e Alfredo Neres nasceu em Montes da Senhora, Castelo Branco, em 1939, e ingressou no seminário dos Missionários Combonianos aos 21 anos.
Foi ordenado sacerdote em 1971 e partiu para a RD Congo em 1976 onde passou um total de 20 anos, alternados com períodos de trabalho em Portugal.
No Congo, o P.e Neres viveu o drama da guerra de 1997 a 2003, em que morreram cerca de 4 milhões de pessoas.

FOME

© JVieira

A FOME atinge diariamente mais de um bilião de pessoas em todo o mundo, um aumento na ordem dos 100 milhões provocado pela crise financeira global, e pela falta de poder de compra – diz uma agencia da ONU.
A FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, divulgou um documento a anunciar que o número de famintos atingiu um recorde absoluto, consequência do encarecimento persistente dos alimentos e não da falta dos mesmos.
O director da FAO disse que o facto de um sexto da humanidade passar fome é um “serio risco” para a paz e segurança mundiais.
As áreas mais atingidas pela fome são a Ásia (com mais de 642 milhões de subalimentados) e a Africa subsariana (com 265 milhões, representando um terço da população). Os países desenvolvidos contam com 15 milhões de famintos.

E VÃO TRÊS

Com o início do período de testes da Rádio Emanuel, são três as rádios que a Cadeia Católica de Rádios do Sudão tem no ar: Juba, Montes Núbios e Torit.
A Rádio Emanuel emite em Torit, a sul de Juba, desde ontem. E se os projectos se concretizarem, dentro de um mês mais duas ou três estação estarão no ar: a Voz do Amor, em Malakal, Boa-Nova, em Rumbek, e a estação de Yei.
A estação de Tonj, dos salesianos, também está em bom ritmo. Para o projecto ficar completo, faltam as estações de Wau e Yambio.
Além das estações, a Cadeia conta com uma redacção e departamento de produção e um centro de formação para preparar pessoal para as diversas emissoras.

THREE CUPS

When the porcelain bowls of scalding butter tea steamed in their hands, Haji Ali spoke: “If you want to thrive in Baltistan, you must respect our ways,” Haji Ali said, blowing on his bowl. “The first time you share tea with a Balti, you are a stranger. The second time you take tea, you are an honoured guest. The third time you share a cup of tea, you become family, and for our family, we are prepared to do anything, even die,” he said, laying his and warmly on Mortenson’s own. “Dr. Greg, you must make time to share three cups of tea. We may be uneducated. But we are not stupid. We have lived and survived here for a long time.”
“That day, Haji Ali taught me the most important lesson I’ve ever learned in my life,” Mortenson says. “We Americans think you have to accomplish everything quickly. We’re the country of thirty-minute power lunches and two-minute football drills. Our leaders thought their ‘shock and awe’ campaign could end the war in Iraq before it even started. Haji Ali taught me to share three cups of tea, to slow down and to make building relationships as important as building projects. He taught me that I had more to learn from the people I work with than I could ever hope to teach them.”

Greg Mortenson and David Oliver Relin in “Three Cups of Tea”

ANO DO PADRE

O Papa Bento decretou a celebração de um Ano Sacerdotal com início hoje, Festa do Sagrado Coração de Jesus, concluindo com a mesma celebração no próximo ano.
O Ano Jubilar Sacerdotal marca os 150 anos da morte de São João Maria Vianney ou Santo Cura d'Ars, o padroeiro dos sacerdotes diocesanos.
O Ano Sacerdotal tem por tema "Fidelidade de Cristo, Fidelidade do Sacerdote" e pretende dar mais visibilidade à vocação e ao ministério dos presbíteros.
Bento XVI abriu hoje o ano jubilar com uma celebração na Basílica Vaticana. Entretanto, ontem publicou uma carta aos mai de 406 mil padres de todo o mundo com uma longa reflexão sobre o Santo Cura D’Ars.
No texto, o papa afirma que o Ano Sacerdotal ajudará a "promover o compromisso de uma renovação interior de todos os sacerdotes, a fim de que eles possam dar um forte e incisivo testemunho evangélico no mundo de hoje".
O papa pretende que o evento represente um generoso relançamento daqueles ideais de total doação a Cristo e à Igreja.
Na arquidiocese de Juba, o ano foi iniciado com duas eucaristias: de manhã em Kworirik, uma paróquia dedicada ao Coração de Jesus, e de tarde em St. Joseph, durante a celebração das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, uma congregação local.
O programa para o ano contempla seminários e cursos sobre o sacerdócio para ajudar os padres a aprofundar a vocação e os fiéis a serem mais informados sobre o sacerdócio ministerial.

CONCERT

Wishing to encourage her young son's progress on the piano, a mother took her boy to a Paderewski concert. After they were seated, the mother spotted a friend in the audience and walked down the aisle to greet her.
Seizing the opportunity to explore the wonders of the concert hall, the little boy quietly got up and eventually explored his way through a door marked "NO ADMITTANCE."
When the house lights dimmed and the concert was about to begin, the mother returned to her seat and discovered that the child was missing.
Suddenly, the curtains parted and spotlights focused on the impressive Steinway on stage.
In horror, the mother saw her little boy sitting at the keyboard, innocently picking out "Twinkle, Twinkle Little Star." At that moment, the great piano master made his entrance, quickly moved to the piano and whispered in the boy's ear, "Don't quit. Keep playing."
Then leaning over, Paderewski reached down with his left hand and began filling in a bass part. Soon his right arm reached around to the other side of the child and he added a running obligato.
Together, the old master and the young novice transformed a frightening situation into a wonderfully creative experience. The audience was mesmerized.

JOLIE

A actriz ANGELINA JOLI escreveu uma carta à revista TIME a pedir ao Conselho de Segurança da ONU que tome uma decisão sobre o presidente do Sudão.
A carta foi publicada a 5 de Junho, altura em que o Tribunal Penal Internacional apresentou ao Conselho de Segurança da ONU os resultados da sua investigação sobre crimes praticados no Darfur.
Angelina escreve que a evidência que o Procurador Luís Moreno-Ocampo apresentou contra Omar al-Bashir é clara e demolidora.

“Milhões foram deslocados, centenas de milhares mortos e no centro de tudo isto está o Presidente Sudanês Omar Hassan al-Bashir.”
A actriz pede ao órgão da ONU que actue depois de analisar a evidência da investigação sobre crimes de guerra e contra a humanidade no Darfur que o próprio Conselho de Segurança encomendou ao TPI.
Angelina Joli esteve no Chade em 2004 a visitar refugiados do Darfur. Na carta lamenta que o Darfur esteja a desaparecer da comunicação social e que a crise seja considerada um conflito de baixa intensidade.

SEXTA-FEIRA

© JVieira and SAmado

Sexta-feira é o meu dia de folga. Começo por me levantar tarde e adoro acordar de vagar com um duche e uma chávena de café. Tomo o pequeno-almoço e depois vou ao correio e – se for preciso – às compras.
De volta à Comboni House, a minha casa, preparo uma sobremesa para os meus colegas e para as irmãs. Normalmente fazia arroz-doce ou leite-creme. Entretanto, encontrei um esparguete fininho – chama-se – e comecei a preparar aletria. As receitas vieram de VN Famalicão de uma amiga.
Ontem, pela primeira vez, aventurei-me pelas artes do gelado com uma receita de uma irmã da Colômbia. Ainda não sei o resultado porque a electricidade pública aqui é muito fraca e a congelação torna-se num processo muito mais longo. Mas hoje ao almoço vamos celebrar o Santo António de Lisboa – desculpem-me os padovanos mas quem é de Lisboa a Lisboa pertence – com gelado de chocolate.
Depois do almoço e de uma sesta – que eu chamo exercício de ioga ibérico – vou caminhar ao longo do rio. Tenho uma companhia certa: a irmã Sandra, uma comboniana brasileira; e outras incertas.
O passeio pela margem do rio são duas horas a admirar a paisagem verdejante, a majestade do Nilo Branco, os «king-fisher», os pássaros meus preferidos, outros pássaros negros a que o sol empresta um azul metálico lindo; a saudar as pessoas – muitas já cheias de cerveja local ou cachaça, até chegarmos à capela de Mori.
Aí paramos para retemperar as forças e para brincar com os amiguitos que esperam os kawajas, estrangeiros. Apesar de não falar árabe dá para fazermos alguns jogos, ouvir as canções que cantam para nós, fazermos uma pequena oração em inglês e eles em Bari…
De volta à Comboni House, está na hora da Adoração de sexta-feira – muitas vezes o que vejo, oiço, admiro tornam-se a minha oração de acção de graças.
E no fim, a janta, as notícias na BBC, uma passagem pela internet para saudar familiares e amigos e é tempo de cama pronto para mais uma semana a «pescar» notícias e afins nesta Juba sem concerto.

APREENSÃO

Numa noite da semana passada tive que ir a um hotel de Juba recolher uma pequena encomenda. Não sei bem como, mas acabei por me juntar a um grupo que estava a beber uma cerveja e a analisar a situação do Sul do Sudão.
O grupo era tão ecléctico como Juba: um coronel suíço que está a profissionalizar as forças armadas do Sul (SPLA), um ex-militar da Libéria, um especialista sueco em paz e conflicto e dois membros de uma ONG chamada Mercy Corps. Tudo gente bem informada e com bastante experiência no sul do Sudão.
O consenso geral era de que o SPLM, o partido que governa o Sul, ganhou a guerra contra o Norte, mas perdeu a paz. Corrupção, crise financeira, insegurança, tribalismo eram alguns dos males apontados pelos participantes. E uma sociedade civil sem grande voz.
Um dos participantes estava tão desiludido com o rumo que as coisas tomaram no sul que decidiu abandonar a região depois de alguns anos de trabalho.
Junta-se a esta tertúlia o último relatório da «Small Arms Survey» sobre o sul do Sudão publicado em Maio e o horizonte fica ainda mais carregado.
Os analistas são peremptórios: a possibilidade de um novo episódio da guerra entre o norte e o sul é real e o governo sulista está entalado entre o dilema da segurança e a necessidade de investir na crise económica. O dinheiro do petróleo não chega para tudo e a segurança está a ganhar ao desenvolvimento.
As gentes sofredoras do Sul do Sudão merecem mais e melhor!

10 MIL HORAS

O Ir. Alberto durante uma lição de informática aos funcionários de Bakhita

© JVieira

O contador do transmissor da Rádio Bakhita passou hoje a marca histórica das 10 mil horas de emissão. Um feito sem dúvida.

A estação foi iniciada na noite de Consoada de 2006 e oficialmente inaugurada a 8 de Fevereiro de 2007.
Um dos grandes responsáveis por este verdadeiro milagre é o Ir. Alberto Lamana, um jovem comboniano espanhol, a quem tiro o meu chapéu.
O Alberto é o administrador financeiro da Rede Católica de Rádios do Sudão, mas também o técnico assistente de Bakhita e da rede. Tem sido ele quem repara computadores, geradores e sistemas quando avariam e encontra novas soluções para desafios novos.
A Rádio Bakhita tem-se transformado num autêntico laboratório experimental técnico e administrativo. As oito estações que estão ser montadas vão beneficiar da experiência acumulada durante dois anos e meio em condições técnicas e ambientais tantas vezes desfavoráveis.
Mas a paciência e a persistência tudo alcançam.
Parabéns Rádio Bakhita pelas mais de 10 mil horas no ar em Juba, a capital do Sul do Sudão.

CONDECORAÇÕES

O Presidente da República decidiu condecorar o meu colega padre Alfredo Neres, missionário comboniano a trabalhar na RD Congo, no Dia de Portugal com a medalha de Grande Oficial da Ordem de Mérito.
A notícia foi dada pela Ecclesia ontem.
Parabéns, Alfredo! E obrigado à Alice Vieira pelo alerta, à Anabela pelo link e ao Luís pela foto.

CINTO DE SEGURANÇA

Novo modelo (homologado) de cinto de segurança