13 de maio de 2018

COMBONIANO ORDENADO PADRE


O Diácono Ricardo Alberto Leite Gomes foi ordenado padre na tarde do dia 12 de Maia, véspera da solenidade da Ascensão do Senhor, na Igreja paroquial de São Martinho de Bougado, Trofa.

A Eucaristia foi presidida por Dom António Augusto Azevedo, bispo auxiliar do Porto, que ordenou o novo sacerdote.

A ampla Igreja paroquial estava linda e cheia de fiéis que quiseram estar com o Padre Ricardo em dia tão especial.

Entre os participantes encontravam-se o Vigário Geral dos Combonianos, P. Jeremias dos Santos Martins, Isabella Dalessandro, Responsável Geral das Missionárias Seculares Combonianas, trinta padres (combonianos na maioria), três diáconos, algumas irmã, irmãos, seculares e leigos missionários combonianos.

Da África do Sul vieram quatro pessoas, três leigas e um comboniano, da missão de Acornhoek, onde o novo padre fez o serviço missionário. Alguns amigos e três combonianos fizeram a viagem da Itália.

O coro, de vozes e instrumentos, animou a celebração e cantou algumas peças originais do pároco de São Tiago de Bougado, P. Bruno Ferreira, que dirigiu.

Dom António disse que a ordenação do Padre Ricardo representa «um dia grande para a Igreja, para os Missionários Combonianos, para a comunidade paroquial e sobretudo para o Ricardo.»

No final da celebração o pároco agradeceu a presença e o trabalho de todos os que quiseram estar presentes em tão bela celebração.

O superior provincial partilhou a alegria da ordenação do Ricardo depois de quase 13 anos sem ordenações e louvou o espírito missionário das duas paróquias da Trofa que já deram três filhos à congregação e têm alguns jovens muito empenhados na pastoral vocacional juvenil comboniana.

O neo-ordenado também teve palavras de agradecimento no final da Eucaristia.

«O meu primeiro agradecimento vai para o Senhor que me chamou a consagrar a minha vida a Ele e à missão. Um especial agradecimento à minha família, aos meu pais, irmã e irmão que sempre estiveram presentes na minha caminhada, souberam dar me conselhos e apoio em todos os momentos», disse.

Falando em inglês, teve uma palavra de apreço para o grupo que veio da missão onde trabalhou: «Eu aprendi o significado real do amor, da generosidade, da amizade.»

O novo sacerdote missionário comboniano tem 29 anos.

Fez o curso de Teologia na Católica do Porto e na faculdade de teologia dos Jesuítas em Nápoles, Itália. Depois, fez o serviço missionário de quase dois anos na África do Sul.

O P. Ricardo faz parte da comunidade de Maia desde janeiro de 2018 e trabalha na pastoral vocacional juvenil.

10 de maio de 2018

SENHORA DA ÁFRICA



A Mãe de Deus é evocada como Nossa Senhora da África.

Bento XVI terminou a exortação apostólica Africae munus – o Serviço da África – com uma oração à Mãe de Deus: «A bem-aventurada Virgem Maria, Mãe do Verbo de Deus e Nossa Senhora da África, continue a acompanhar toda a Igreja com a sua intercessão» (n.º 175).

A devoção africana à Mãe de Jesus perde-se nas brumas da memória cristã. Os frescos das antigas igrejas núbias, no que é hoje o Sudão, são testemunho silencioso desse passado de fé. Os três reinos núbios formaram um enclave cristão entre os séculos VI e XV até serem tragados pelo Islão. A Virgem tem um lugar preeminente nessa iconografia antiga de que hoje restam alguns frescos nos museus de Cartum e Varsóvia.

A devoção etíope a Nossa Senhora é expressão dessa herança. Maria é comummente chamada «Kidane Mehret», literalmente «Aliança de Misericórdia». A Igreja Ortodoxa celebra-a no dia 16 de cada mês. A festa anual é a 16 de Abril. O ícone da Virgem Mãe com o Menino ao colo guardada por dois anjos repete-se por inúmeras igrejas ortodoxas e católicas. A mesma devoção está presente entre os coptas do Egipto.

O título Nossa Senhora da África ou Virgem de África tem marca portuguesa. O infante Dom Henrique ofereceu a imagem por ele assim chamada à cidade de Ceuta em 1421. No século XIX, o culto chegou a Argel, na Argélia. A construção da imponente basílica em estilo neobizantino começou em 1858 numa colina sobre o Mediterrâneo e foi consagrada em 1872. O templo é também frequentado por muçulmanos.

A Basílica de Yamoussoukro, na Costa do Marfim, é outro lugar mariano africano dedicado à Nossa Senhora da Paz. O templo, construído entre 1985 e 1989, é uma cópia da Basílica de São Pedro, mas em maior.

Os países africanos de expressão portuguesa além da língua também herdaram a devoção mariana. A padroeira de Cabo Verde é a Senhora das Graças e a da Guiné-Bissau é a Senhora da Candelária. Angola tem em Muxima um santuário nacional dedicado à Senhora da Conceição, que é padroeira de Moçambique.

África é lugar de aparições marianas: Ngome, na África do Sul, e Kibeho, no Ruanda, são dois centros reconhecidos. Mas a Senhora de Fátima também está presente no continente desde 1942 quando foi inaugurado o Santuário de Namaacha, em Moçambique. O cardeal John Onaiyekan, arcebispo de Abuja (Nigéria), explicou que a mensagem de Fátima é muito importante para África, porque «é um apelo à paz».

Hoje, há pelo menos 57 paróquias dedicadas à Senhora de Fátima no continente. Moçambique está à frente com 16. Angola tem 11. O lugar de culto mais deslumbrante é o altar de Nossa Senhora de Fátima no cume nevado do monte Kilimanjaro, na Tanzânia, a 5895 metros de altitude.

A devoção mariana com rosto africano é sobretudo corporizada na Legião de Maria. A organização nasceu na Irlanda em 1921. Milhares e milhares de mulheres católicas dedicam-se de alma e coração ao serviço das suas comunidades desde o cuidado dos templos e da ordem nas celebrações ao serviço aos mais necessitados inspiradas na Virgem de Nazaré.

6 de maio de 2018

COMBONIANOS IBÉRICOS FAZER RETIRO JUNTOS









As províncias de Espanha e Portugal decidiram fazer em conjunto o retiro anual de 2018 para aprofundarem a comunhão que já vivem através de encontros anuais regulares.

O P. Tesfaye Tadesse pregou o retiro aos 51 participantes (27 da Província de Espanha e 24 da de Portugal) em Salamanca de 29 de abril (à noite) a 5 de maio (de manhã).

«Estamos aqui para nos encontrarmos com o Senhor, para nos deixarmos encher e refrescar de Deus, para celebrar a vida espiritual que está em nós», o P. Tesfaye explicou na introdução ao retiro.

O Padre Geral guiou os participantes num exercício de agradecimento e de louvor pelo dom da vida, da fé, do discipulado, do encontro, da comunidade, da missão, da consagração, da conversão, da vida apostólica e da Mãe.

O retiro decorreu em ambiente de silêncio gozoso e de Pentecostes: o P. Tesfaye usou o italiano enquanto que os participantes rezavam, cantavam e partilhavam em espanhol e português.

Os retirantes sentiram-se particularmente unidos com os católicos da paróquia de Nossa Senhora de Fátima de Bangui (República Centro-Africana). A 1 de maio, enquanto a comunidade celebrava a festa de São José Operário, um grupo radical islâmico atacou a igreja com granadas e balas, matando 16 pessoas. Entre as vítimas conta-se o padre local, que presidia à Eucaristia.

Na adoração do meio-dia rezavam cada dia por um continente diferente e pelas situações mais dramáticas.

O retiro conjunto das províncias ibéricas foi um momento histórico de comunhão e de oração à volta de Jesus, inspirados por São Daniel Comboni e pela Regra de Vida.

As duas províncias combonianas – que entre 1964 e 1969 formaram uma única circunscrição – têm feito um caminho de comunhão interessante: todos os anos organizam um encontro de convívio, os conselhos provinciais reúnem-se uma vez por ano em conjunto e participam nas assembleias provinciais.

As duas províncias além de partilharem um animador do Código Deontológico, estão a explorar maneiras de formarem uma Comissão de Formação Permanente comum e um postulantado ibérico em Granada (Espanha).

2 de maio de 2018

ORAÇÃO POR BANGUI


Senhor Jesus, estamos aqui contigo,
somos tua comunidade.
Em ti e contigo estamos em comunhão
com toda a humanidade neste mundo em que vivemos.
Hoje, aqui e agora, queremos estar em comunhão
especialmente com o continente da nossa querida África.
Oferecemos-te o que somos e fazemos na África,
o nosso desejo de Esperança e de Paz.
Pedimos-te hoje, aqui, o dom da Paz para todos os países
mas especialmente para a República Centro-Africana,
para a capital, Bangui,
para a paróquia de Nossa Senhora de Fátima.
Apresentamos-te, pomos nas tuas mãos e no teu coração
as dezasseis pessoas que foram mortas e os seus familiares em luto
e todos os feridos;
Os que estão a passar por medos e ansiedades devido ao perigo da violência;
a família comboniana aí presente
      Dai-lhes a graça de fortalecerem os que sofrem!
Ámen.
P. Carlos Nunes 
Missionário Comboniano