Os dias minguam
em noites longas, resfriadas
a pedir aconchego
de corpo e coração.
As folhagens pintam-se,
vaidosas,
de ocres, castanhos, rubros,
fogo de artifício
de fim de festa...
Restam os dióspiros, solitários,
fogo-de-Deus,
bolas de natal ao natural
a decorar árvores nuas.
O sol, esgotado dos fulgores estivais,
arrefece
pálida luz,
que acaria a pele
sem o ardor estiolado
do verão passado.
Outono,
o ícone colorido do ocaso
que vai ressuscitar
na erupção da Primavera
depois do hibernar invernal.
A vida decorre:
estação segue estação,
coração alimenta coração.
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