A missão tem sido o coração da minha vida. Muito especialmente, desde o dia em que Deus me consagrou com o selo e o cariz de missionário comboniano.
Sou Feliz de nome e felicíssimo como missionário. Muito embora com sombras e obscuridades, o Sol brilha sempre mais forte no meu caminho e sinto o Deus da misericórdia ao meu lado.
A alegria em Deus e no coração sempre me tiveram por companheiro. Porém, ninguém pense que esta se manifesta só através de uma cara risonha ou às gargalhadas. Deus conhece-me por dentro e por fora e sabe da minha alegria.
Mas o meu ser feliz não é segredo exclusivo de Deus. Sinto, de facto, grande satisfação, como ser humano que sou, quando as pessoas à volta também se apercebem da minha alegria.
A missão nasce nas relações de amizade e encontra terreno fértil nos caminhos do deserto onde Deus desce e nos vem matar a sede a todos nós que, juntos, caminhamos.
Sou feliz mesmo quando não me apercebo da conversão ao cristianismo de alguém que caminha comigo e não pede o baptismo. Conversões anónimas que o Espírito Santo, o verdadeiro protagonista da missão, vai assistindo e fortalecendo.
Sou feliz na missão do Darfur, Sudão, onde fui enviado para ser sinal do amor e da misericórdia de Deus a quem não me canso de agradecer.
P. Feliz Martins
Missionário Comboniano
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