A AVENTURA DA MEIA-IDADE
Fátima Pinto Ferreira escreveu «São Judas Iscariotes» (Edições Cosmos 2006) como rito de passagem do estado liminar da crise da meia-idade.
A autora começa uma viagem de sete dias – a semana da re-criação – de Fátima ao alto Minho com passagem pela Guarda, à procura «da sua terra de ninguém» que é, afinal, a terra de todos nós: os afectos, a espiritualidade, os valores, os fios soltos do tecido da história pessoal, os quartos escuros, as inseguranças, a vida e a morte…
Objectivo? «Espero encontrar o tal sítio que sei que já conheço e onde me sentirei em terra de ninguém, onde poderei resgatar a minha paz interior e que é o objectivo deste meu vaguear» (página 24).
Enquanto conduz pelas paisagens pitorescas do norte, a autora percorre as estradas da memória, num acto corajoso de desnudamento sem falsos pudores através do encontro misterioso com o «homem da Vela Latina» com a Adriana Calcanhoto em pano de fundo. Porque «o equilíbrio só se alcança quando temos a coragem de enfrentar os nossos temores e resolvê-los» (página 68).
«Dou-me conta que estes sete dias da minha viagem foram como que a recriação de mim própria. Procurei-me e, afinal, não precisava procurar-me; estive sempre comigo, não gostava muito era estar só comigo, a enamorar-me de mim mesma» - conclui (página 125).
O livro – uma leitura interessante, atraente, intimista, despojada, estimulante (com algumas teses religiosas que não partilhado) é um roteiro para outras jornadas de autodescoberta, da passagem liminar da crise da meia-idade, ou como Javier Garrido lhe chamou, da crise do realismo. A ler e reler.
Fátima Pinto Ferreira escreveu «São Judas Iscariotes» (Edições Cosmos 2006) como rito de passagem do estado liminar da crise da meia-idade.
A autora começa uma viagem de sete dias – a semana da re-criação – de Fátima ao alto Minho com passagem pela Guarda, à procura «da sua terra de ninguém» que é, afinal, a terra de todos nós: os afectos, a espiritualidade, os valores, os fios soltos do tecido da história pessoal, os quartos escuros, as inseguranças, a vida e a morte…
Objectivo? «Espero encontrar o tal sítio que sei que já conheço e onde me sentirei em terra de ninguém, onde poderei resgatar a minha paz interior e que é o objectivo deste meu vaguear» (página 24).
Enquanto conduz pelas paisagens pitorescas do norte, a autora percorre as estradas da memória, num acto corajoso de desnudamento sem falsos pudores através do encontro misterioso com o «homem da Vela Latina» com a Adriana Calcanhoto em pano de fundo. Porque «o equilíbrio só se alcança quando temos a coragem de enfrentar os nossos temores e resolvê-los» (página 68).
«Dou-me conta que estes sete dias da minha viagem foram como que a recriação de mim própria. Procurei-me e, afinal, não precisava procurar-me; estive sempre comigo, não gostava muito era estar só comigo, a enamorar-me de mim mesma» - conclui (página 125).
O livro – uma leitura interessante, atraente, intimista, despojada, estimulante (com algumas teses religiosas que não partilhado) é um roteiro para outras jornadas de autodescoberta, da passagem liminar da crise da meia-idade, ou como Javier Garrido lhe chamou, da crise do realismo. A ler e reler.
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