22 de junho de 2021

COMBONIANA LIDERA SECRETARIADO CATÓLICO ERITREU



 

A Ir. Tseghereda Yohannnes é, desde 1 de junho, a nova líder do Secretariado Católico da Eritreia.

A missionária comboniana, de 65 anos sucede, ao monge cisterciense P. Tesfaghiorghis Kiflon que cessou funções depois de oito anos de serviço.

A Ir. Tseghereda entrou para o Instituo das Missionárias Combonianas em 1977.

Fez a formação na Eritreia e nos Estados Unidos e sete anos de serviço missionário no Quénia.

Regressou à Eritreia em 2001.

Doutorou-se em medicina molecular e leccionou durante 16 anos na Universidade de Asmara e no Instituto Técnico de Mai Nefhi.

O arcebispo de Asmara, o comboniano Dom Menghestab Tesfamariam, sublinhou na cerimónia da tomada de posse da Ir. Tseghereda, que o Secretariado Católico tem três deveres: «irradiar a luz e o amor de Jesus para o povo; escutar constantemente a Palavra de Deus para fazer a Sua vontade; não temer nada, mas ser forte na fé».

A Ir. Tseghereda, por seu turno, pediu a sabedoria de Salomão para «continuar a cumprir a missão da Igreja para satisfazer as necessidades do povo de Deus, hoje.»

O Secretariado Católico coordena, entre outras missões, as relações bilaterais com o Governo — que têm sido muito difíceis — e a ação social e humanitária da Igreja Católica no país.

O Governo nacionalizou ou encerrou as clínicas e confiscou as escolas secundárias da Igreja católica em 2018 com o argumento de que as instituições não eram da Igreja, mas pertenciam ao povo.

Agora prepara-se para tomar conta ou fechar as 19 escolas primárias das três dioceses católicas.

Os bispos católicos manifestaram tristeza e mágoa numa carta endereçada ao Ministro da Educação.

«Estamos profundamente entristecidos e magoados com as medidas que o governo está a adoptar pela força, ou já o fez, retirando-nos as instituições educativas e de saúde que legitimamente nos pertencem», escreveram.

E afirmaram: «As escolas e clínicas confiscadas ou fechadas, ou que devem sofrer o mesmo destino, são propriedade legítima da Igreja Católica, construídas, estabelecidas e organizadas no supremo e exclusivo interesse de servir o povo».

O presidente Isaias Afewerki assumiu o poder a 19 de Maio de 1993.

Em novembro de 2007, o Governo expulsou 14 missionários combonianos estrangeiros a trabalhar no país.

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