Lucas nota nos Atos dos Apóstolos que, depois da Ascensão do Senhor «todos estes [apóstolos] perseveravam, unidos em oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, Mãe de Jesus» (Act 1, 14).
Li esta passagem muitas vezes! Entendia que os apóstolos e as mulheres, com a Mãe de Jesus, formavam uma comunidade orante que possibilitava a perseverança dos primeiros.
Desta vez dei-me conta das vírgulas e intuí um novo sentido para o texto.
Os apóstolos perseveravam
- unidos na oração,
- em companhia de algumas mulheres.
O que o texto parece sublinhar é que a perseverança dos apóstolos dependeu da oração e da companhia solidária de algumas mulheres que, com eles, acompanharam Jesus desde a Galileia, e se mantiveram firmes no monte Calvário e junto ao túmulo do Senhor.
Esta leitura do texto obriga os líderes eclesiais a entenderem a presença da mulher na Igreja para além da utilidade nos serviços que presta. É uma companhia fundamental para a perseverança dos ministros ordenados.
O Papa Francisco escreve na Exortação Apostólica Querida Amazónia que «as mulheres prestam à Igreja a sua contribuição segundo o modo que lhes é próprio e prolongando a força e a ternura de Maria, a Mãe. […] Sem as mulheres ela se desmorona» (nº 101).
São Daniel Comboni também intuiu o papel fundamental da mulher no serviço missionário na África Central. Por isso, fundou as Missionárias Combonianas com o nome lindo de Pias Mães da Nigrícia.
Escreveu: «Eu fui o primeiro a fazer com que colabore no apostolado da África Central o omnipotente ministério da mulher do Evangelho e da irmã da caridade, que é o escudo, a força e a garantia do ministério do missionário» (Escritos 5284).
Para Comboni, as irmãs e outras agentes de pastoral são o escudo, a força e a garantia do serviço dos missionários.
No passado construíram-se espiritualidades sacerdotais baseadas no medo das mulheres.
Esta leitura do texto obriga os líderes eclesiais a entenderem a presença da mulher na Igreja para além da utilidade nos serviços que presta. É uma companhia fundamental para a perseverança dos ministros ordenados.
O Papa Francisco escreve na Exortação Apostólica Querida Amazónia que «as mulheres prestam à Igreja a sua contribuição segundo o modo que lhes é próprio e prolongando a força e a ternura de Maria, a Mãe. […] Sem as mulheres ela se desmorona» (nº 101).
São Daniel Comboni também intuiu o papel fundamental da mulher no serviço missionário na África Central. Por isso, fundou as Missionárias Combonianas com o nome lindo de Pias Mães da Nigrícia.
Escreveu: «Eu fui o primeiro a fazer com que colabore no apostolado da África Central o omnipotente ministério da mulher do Evangelho e da irmã da caridade, que é o escudo, a força e a garantia do ministério do missionário» (Escritos 5284).
Para Comboni, as irmãs e outras agentes de pastoral são o escudo, a força e a garantia do serviço dos missionários.
No passado construíram-se espiritualidades sacerdotais baseadas no medo das mulheres.
Hoje, para resgatar a experiência da primeira comunidade cristã de Jerusalém, é preciso viver uma mística que favoreça o encontro com a força e a ternura da mulher em Maria e nas Marias como meio de perseverança vocacional.
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