2 de setembro de 2009

INFORMAÇÃO

© CSierra

O Ministro da Informação e Difusão do Governo semi-autónomo do Sul do Sudão convocou hoje de manhã os órgãos de comunicação social para uma reunião no Ministério.
A conversa dos bastidores era que ele queria dar uma rabecada às rádios Bakhita (da Igreja) e Miraya (da ONU) e ao diário The Citizen. Alguns círculos do Governo do Sul do Sudão consideram-nos oposição! O pessoal da Miraya nem apareceu…
Afinal o ministro Paul Mayon Akec queria simplesmente reunir-se com o sector. Tomou conta da pasta da comunicação há cerca de dois meses, mas esteve quase sempre de baixa e está em Juba há duas semanas.
O encontro foi amigável. Em duas penadas o Ministro Mayon disse que estamos todos no mesmo barco e que o temos que levar juntos até ao referendo de 2011, altura em que o Sul vota a sua auto-determinação.
O ministro pediu aos meios de comunicação que fiscalizem a prestação de serviços aos cidadãos, que usem as fontes certas para as suas histórias e que se empenhem na formação cívica para as pessoas entenderem o que são as eleições e o referendo e possam votar esclarecidas.
Uma surpresa agradável depois de alguma conspiração para acertarmos uma resposta colectiva no caso de ataque cerrado por parte do poder.
Até porque se vivem momentos de alta tensão no sector: o governo entregou no parlamento três projectos de lei para regular a comunicação social pública e privada.
O projecto inicial era fazer depender os comissários para o sector directamente do parlamento. Na versão final o ministro é quem escolhe e quem os controla. Agora resta-nos pressionar os deputados a introduzir mudanças para evitarmos uma comunicação social governamentalizada no Sul do Sudão.

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