Thabo Mbeki completou uma visita de dias ao Sudão com uma breve passagem por Juba.
Em Cartum, o presidente da África do Sul pressionou o seu homólogo sudanês a aceitar uma força híbrida de paz para o martirizado Darfur.
As Nações Unidas querem enviar para o Oeste do Sudão 22 mil soldados da ONU e da União Africana, mas o Governo de Cartum continua a dizer que os 8 mil soldados mal equipados e mal treinados da União Africana chegam para pacificar um território do tamanho da França.
Mais de 200 mil pessoas morreram desde que os rebeldes do Darfur pegaram em armas contra o Governo em 2003 acusando Cartum de descriminar os agricultores não árabes do oeste do país.
O conflito deslocou mais de 2,5 milhões de pessoas e alastrou-se ao vizinho Chade.
Organismos internacionais de ajuda a operar no Darfur acusam as tropas sudanesas de usar a violação como arma de guerra contra as mulheres.
O presidente Mbeki chegou a Juba às 10 da manhã e foi recebido pelo presidente do Sul do Sudão, General Salva Kiir, no aeroporto internacional da cidade.
Depois da revista à guarda de honra e dos cumprimentos de boas-vindas, a caravana presidencial dirigiu-se para o Mausoléu de John Garangue, fundador do SPLA. Seguiu-se um breve encontro no salão do Conselho de Ministros.
O presidente Mbeki disse que veio a Juba para acompanhar o desenvolvimento do Sul do Sudão e verificar a implementação do Acordo Global de Paz.
Depois de um almoço rápido, o presidente da África do Sul voou para Paris por volta das 13h00.
A visita-relâmpago de Thabo Mbeki a Juba deixou muitos cidadãos descontentes. O serviço de propaganda do SPLM convocou os cidadãos para saudarem o presidente da África do Sul ao longo do percurso do aeroporto até à cidade.
A população respondeu em força, mas a caravana usou uma artéria nova em vias de conclusão que liga o aeroporto directamente aos ministérios enquanto que as pessoas se juntaram ao longo do percurso antigo.
A chuva intensa da noite limpou a terra que enchia os buracos do asfalto e a viagem seria incómoda para o ilustre visitante.
Os jubanos já estamos habituados a negociar as crateras que o tempo e a falta de manutenção escavaram na única artéria asfaltada da cidade.
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