10 de abril de 2007
Regresso às aulas
Os alunos do ensino básico do Sul do Sudão iniciaram hoje o novo ano lectivo depois de três meses de férias. As ruas e os recreios das escolas voltaram a encher-se de crianças com uniformes ainda impecáveis.
Pelas contas da UNICEF, 850 mil alunos estão matriculados no ensino básico do sul do Sudão. Trinta e quatro por cento são meninas. Dois recordes absolutos comparados com os 343 mil estudantes que frequentavam a escola primária durante os anos da guerra civil, quase todos rapazes, entre 1984 e 2005.
O novo ano lectivo traz novos desafios. A mudança de programas é um. Até ao ano passado, o árabe era a língua usada no ensino em todo o Sudão. A partir de agora, os professores do Sul do país passam a leccionar em inglês e nem todos estão suficientemente familiarizados com a língua de Shakespeare. Sobretudo os dos condados de Juba e de Terekeka, dois bastiões árabes durante os anos de conflito.
O outro desafio tem a ver com o orçamento para a educação. Apesar de o número de matrículas aumentar – e a UNICEF prevê que no fim do ano haja 1,6 milhões de estudantes nas escolas de ensino básico no sul do país – o dinheiro reservado para a educação baixou de 134 milhões em 2006 para 108 milhões de dólares em 2007, uma perda de 26 milhões de dólares. O exército recebeu mais de 500 milhões de dólares para gastar durante o corrente ano.
O analfabetismo é o inimigo número um do Sul do Sudão. Mais de 80 por cento da população são sabe ler nem escrever. Noventa por cento dos soldados do SPLA, o Exército de Libertação do Povo do Sudão, fazem parte desse grupo. Mas o Governo continua a apostar na defesa e … no partido. O SPLA também é SPLM (Movimento de Libertação do Povo do Sudão).
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