Kworijik Luri é uma pequena aldeia a uma dúzia de quilómetros atrás do aeroporto internacional de Juba.
Fica numa imensa planície com o horizonte a perder-se de vista.
Está relativamente perto de Juba, mas o clima é mais agradável e a vegetação muito diferente.
De entre as muitas espécies vegetais presentes na planura de Kworijik sobressaem as mangueiras: árvores enormes, imponentes, frondosas, carregadas de mangas maduras e saborosas. A primeira colheita deste ano. A segunda virá antes do Natal!
As árvores pertencem aos habitantes daquela zona, o povo Bari. Entretanto os Mundari – pastores nómadas – chegaram com as suas vacas e alimentam o gado com as mangas que não lhes pertencem.
Peter Moga Kenyi, um ancião, queixou-se, sentado debaixo de uma mangueira, que o que os Mundari fazem não está correcto: «Além de darem as mangas às vacas, batem nas nossas crianças.»
«Mas os Mundari têm armas e nós temos paus», concluiu resignado. E pediu que as autoridades interviessem para pôr termo à guerra das mangas.
As lutas intertribais pela posse da terra ou para roubar gado são uma fonte preocupante de insegurança no Sul do Sudão. O Governo tem em curso um programa de desarmamento da sociedade civil, mas é difícil convencer os detentores de armas a entregá-la pacificamente. E os que o fazem ficam em desvantagem em relação aos que ainda não desarmaram. Como os Bari em relação aos Mundari.
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