Meu querido Fernando,
Esta manhã fiquei muito triste quando o meu provincial veio dizer-me que tu partiste para a casa do Pai ontem ao fim do dia.
Apeteceu-me chorar... Tinhas só 66 anos!
O padre Tesfay telefonou esta tarde de Adis-Abeba e contou-me que ontem chegaste do trabalho e foste para o quarto. Foram ver de ti porque não apareceste para o jantar. Encontraram-te morto na cama talvez por paragem cardíaca.
Um turbilhão de memórias desfilou dentro de mim com a notícia da tua morte.
Recordei a primeira – e única vez – que me cortaste o cabelo.
Esta manhã fiquei muito triste quando o meu provincial veio dizer-me que tu partiste para a casa do Pai ontem ao fim do dia.
Apeteceu-me chorar... Tinhas só 66 anos!
O padre Tesfay telefonou esta tarde de Adis-Abeba e contou-me que ontem chegaste do trabalho e foste para o quarto. Foram ver de ti porque não apareceste para o jantar. Encontraram-te morto na cama talvez por paragem cardíaca.
Um turbilhão de memórias desfilou dentro de mim com a notícia da tua morte.
Recordei a primeira – e única vez – que me cortaste o cabelo.
Tinhas chegado da fronteira com a Somália de assistir refugiados. Passaste lá uma semana a viver debaixo do teu camião apesar da chuva. Fomos para frente da casa e em cinco minutos deixaste-me pelado!
Recordo as vezes que passava por Teticha – a tua missão e a tua casa – e como me recebias com carinho. Enchias o carro de favas, repolhos, batatas, o que tinhas na horta. Querias ensinar os Sidama a variar a alimentação e o teu quintal era o campo de experiências.
Recordo o teu amor pelos Sidamas – a tua família alargada. Os artigos que escreveste, as fotos e filmes que fizeste, os ritos em que participaste, o teu envolvimento na pastoral, a tua dedicação às construções de capelas, escolas… Até em Juba trabalhaste seis meses, ajudando na recuperação da nossa casa.
Recordo sobretudo a tua dedicação, o teu empenho, o teu sentido se compromisso com a tua vocação. A fidelidade à oração.
Recordo as vezes que passava por Teticha – a tua missão e a tua casa – e como me recebias com carinho. Enchias o carro de favas, repolhos, batatas, o que tinhas na horta. Querias ensinar os Sidama a variar a alimentação e o teu quintal era o campo de experiências.
Recordo o teu amor pelos Sidamas – a tua família alargada. Os artigos que escreveste, as fotos e filmes que fizeste, os ritos em que participaste, o teu envolvimento na pastoral, a tua dedicação às construções de capelas, escolas… Até em Juba trabalhaste seis meses, ajudando na recuperação da nossa casa.
Recordo sobretudo a tua dedicação, o teu empenho, o teu sentido se compromisso com a tua vocação. A fidelidade à oração.
E o teu carácter de espanhol bravo! Chamávamos-te Hombre, porque essa palavra saía sempre nas frases em inglês!
Fernando, vais ser sepultado amanhã em Teticha ao lado do teu amigo Gualberto, atrás da igreja. Ficas entre os teus, as pessoas que amaste, serviste, a grande família Sidama. Isso faz-me imensamente feliz.
Fernando, vais ser sepultado amanhã em Teticha ao lado do teu amigo Gualberto, atrás da igreja. Ficas entre os teus, as pessoas que amaste, serviste, a grande família Sidama. Isso faz-me imensamente feliz.
Nunca imaginaste que o cantinho que preparaste com tanto carinho para o Gualberto seria também a tua última morada.
E o teu irmão, a tua cunhada e o Ramón vão estar no teu funeral. Eu também através das asas da oração.
Fica em paz!
Obrigado pela tua amizade. Aprendi muito de ti e trago-te no coração.
Intercede por nós junto de Deus.
Fica em paz!
Obrigado pela tua amizade. Aprendi muito de ti e trago-te no coração.
Intercede por nós junto de Deus.
Joe teu irmão
1 comentário:
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