Hoje o pintor encheu de anil
o céu por cima de mim.
Sem fiapo de nuvem
nem grão de poeira.
Um azul que envolve
e devolve,
e enche o olhar de paz
e o coração!
Um céu que leva
para além dele,
atrás do horizonte:
cor de infinito
sobre tela breve.
Este azul celeste,
da mana-saudade,
que também é dele,
fundo, altaneiro,
regressa-me ao dia primeiro
quando a Voz criadora anelou:
"Faça-se luz!"
A luz?
Azul anilado,
índigo!
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