20 de dezembro de 2018

ESPERO UM MENINO!


Anuncio-vos uma feliz surpresa: ESPERO UM MENINO!

Nós, irmãos e sacerdotes combonianos, não temos crianças. Porém conhecemos e amamos tantas, no nosso fascinante e longo peregrinar missionário em terras de África, de América, de Ásia e Europa. 

Além disso, experimentamos com frequência a alegria de ver as crianças dos nossos amigos e familiares, os netos e sobrinhos; a alegria de ver grupos de crianças que, de vez em quando, vêm fazer-nos uma visita e cantar para nós, em particulares ocasiões de festa; a alegria de ver, de vez em quando, a Sofia, a menina da Clara, a nossa animadora cultural, com os seus belos olhos, negros e profundos; ou de encontrar a Verónica, uma doce e gentil menina que acompanha, cada sábado, a sua avó na organização da tômbola...

Todas estas crianças, porém, são filhos «dos outros!»

Agora, porém, venho anunciar-vos algo incrível: estou à espera de um menino mesmo meu! Sim, entendestes bem! Bem, não só meu. Porque a mãe conhecemo-la bem, mas o pai é só «putativo». Dado que todos reclamam a sua paternidade, decidimos, em espírito de fraternidade, adotá-lo todos juntos.

Estais surpreendidos? Também nós ficámos surpreendidos, dada a média avançada da nossa idade. Também nós pensámos, como Abraão: «a um com cem anos de idade, pode nascer um filho?» (Gênesis, 17,17). Também nós, como ele, nos teríamos contentado com o nosso Ismael, o filho «outro», mas Deus quis surpreender-nos, quando os nossos sonhos se tinham desfeito há muito. Que vos devemos dizer? O nosso coração, de repente, recomeçou a bater forte, aqueceu-se e encheu-se de alegria, «porque um menino nos nasceu, um FILHO nos foi dado» (Isaías 6,5). 

E também nós voltámos a sonhar, como profetizou Joel!

Agora andamos todos atarefados a preparar o Acontecimento. 

Sim, o nascimento de uma criança tem que se preparar com cuidado. Facilmente podeis compreender que para nós idosos esta preparação não resulta tarefa fácil. Por isto vos pedimos que nos deis uma mão. 

Pensando no velho Simeão que vai ao Templo para acolher nos seus braços o Menino e louvar a Deus porque os seus olhos vêem finalmente a Luz (Lucas 2, 25-32), perguntamo-nos: como faremos nós? É por isso que precisamos de vós, que a tarefa de pais e mães a sabeis desempenhar bem.

Dado que voltámos a sonhar, com a confiança das crianças, também nós desejamos colocar a nossa carta na árvore para pedir ao Menino o dom da PAZ. 

Como poderemos nós repetir com Simeão: «Agora, Senhor deixa que o teu servo vá em paz...» se vemos, à nossa volta, tanta injustiça, violência e pobreza?!... 

Mas, apesar de tudo isso, continuamos a alimentar o SONHO que este Menino nos trouxe. Ajudai-nos, vós também, a sonhar!

Bom Natal!
P. Manuel João 
p.mjoao@gmail.com

1 comentário:

Unknown disse...

Um lindo e profundo texto para meditar .

Obrigada .

Leonor Coutinho