Aleluia!
Louvai a Deus em seu Santuário, louvai-o no seu majestoso
firmamento!
Louvai-o por seus grandes feitos, louvai-o por sua infinita
grandeza!
Louvai-o ao som de trombetas, louvai-o com harpas e cítaras!
Louvai-o com tamborins e danças. Louvai-o com instrumentos
de cordas e com flautas!
Louvai-o com o clangor dos címbalos, louvai-o, altissonantes
trombetas!
Que todos os seres vivos louvem ao Eterno! Louvado seja o
Senhor!
Aleluia!
(Salmo 150)
Sua Excelência Reverendíssima, Dom llídio Pinto Leandro, Bispo de Viseu,
Reverendo P. José da Silva Vieira, Superior Provincial dos Missionários Combonianos, em Portugal,
Prezados confrades combonianos,
Estimadas Irmãs Missionárias Combonianas e Missionárias Seculares Combonianas,
Estimados Leigos Missionários Combonianos,
Estimados sacerdotes, religiosos e religiosas, benfeitores e amigos, familiares dos nossos confrades combonianos, e a todos os aqui presentes,
Vos saudamos com afeto fraterno no nome do Senhor Jesus e do nosso Instituto comboniano.
Tudo quanto queremos, hoje, é que este seja um dia particular de ação de graças. Juntos, queremos agradecer a Deus pelos setenta (70) anos da presença e da vida dos Combonianos em Portugal. Uma efeméride ainda mais notável e jubilosa se a associarmos às celebrações que estão a decorrer, neste ano, para fazermos memoria dos 150 anos da fundação do nosso Instituto Missionário Comboniano.
Sim. Queremos agradecer, de modo especial, a todos os combonianos que, com as suas vidas, a sua participação, a sua contribuição e o seu sacrifício, escreveram as belas paginas da história dos 70 anos de presença comboniana neste País; e que, daqui, partiram para outras paragens de além-mar, de Moçambique ao Brasil, a Macau, e a tantas outras partes do mundo.
Isto significa que, destes 70 anos de história comboniana, em Portugal, fazem parte, também, outras histórias, que ultrapassam as fronteiras portuguesas, e são elas as histórias do Instituto e das Igrejas locais, em outros países e continentes, onde os confrades portugueses trabalharam e deram a vida ao serviço da Missão.
Queremos agradecer aos primeiros confrades que tiveram a inspiração de vir para Portugal para partilhar, com a Igreja e a sociedade portuguesas, o carisma missionário do nosso Pai e Fundador, São Daniel Comboni. Sim, agradecemos aos confrades que deram início a esta presença, tais como os padres Giovanni Cotta, Giorgio Ferrero e Ernesto Calderola, e, depois, a todos os outros que deram continuidade a esta obra maravilhosa, alistando tantas vocações combonianas entre os rapazes e jovens portugueses, que se tornaram uma grande bênção para a Missão e para as Igrejas e os povos para onde foram enviados.
Agradecemos a cada um dos confrades portugueses pelo seu SIM ao Senhor Jesus, pela sua proximidade a São Daniel Comboni e pela sua paixão pela Missão, no seio do Povo de Deus. Os confrades de origem portuguesa serviram o Senhor e o Povo de Deus, no passado e no presente do nosso Instituto, nos mais diversos sectores da pastoral, da formação, da animação missionária e da administração. Estes confrades deram o seu melhor como discípulos missionários nas Igrejas locais, nas comunidades, nas escolas e universidades, nas clínicas, nos hospitais, e nos Meios de Comunicação Social. Estiveram ao serviço da autoridade como superiores provinciais e como membros do Conselho Geral - caso do ex-Superior Geral, P. Manuel Augusto Lopes Ferreira, e do atual Vigário Geral, P. Jeremias dos Santos Martins - e ainda outros confrades que estiveram ou estão ainda empenhados nos serviços da Direção Geral.
Agradecemos também aos confrades de outras nacionalidades, e de modo especial aos italianos e espanhóis, que muito contribuíram para a vida da Província comboniana portuguesa. Do mesmo modo, agradecemos também aos outros confrades das demais circunscrições da Europa, da América, da África e da Ásia, que passaram por Portugal e que, de algum modo, também fizeram parte da história destes 70 anos.
Queremos agradecer ainda ao Senhor da vida pelos catorze (14) confrades portugueses já falecidos, os quais agora, desde a casa do Pai, continuam a exercer a missão de intercessão por cada um de nós e pela vida do Instituto: desde o mais jovem, o escolástico Daniel Fernando Ferreira da Rocha, falecido aos 23 anos de idade, ao mais idoso, o Irmão António Figueiredo da Silva, que partiu para a casa do pai, no ano passado. Agradecemos pelo dom da vida e do testemunho de cada um deles. E permitam-me recordar, em particular, um nome: o P. Ivo Martins do Vale, irmão do P. José Augusto Martins do Vale. Sim, queremos recordar o P. Ivo porque, no nosso país, a Etiópia, ele deu testemunho de um missionário comboniano alegre, de um gentil e dedicado sacerdote de Cristo ao serviço do povo Sidamo.
Recordamos ainda os confrades que abandonaram o Instituto e escolheram outras formas de vida. Para eles, deixamos aqui uma oração de agradecimento, porque também eles fizeram parte destes 70 anos de vida comboniana que agora estamos a celebrar. Obrigado pelo que fostes e fizestes pela vida do nosso Instituto. Na mesma linha de pensamento, lembramos todos os que passaram pelos nossos seminários, os ex-seminaristas combonianos, que, hoje, continuam a ser fermento de uma fé missionária, na sociedade portuguesa. Continuai a apoiar-nos com a vossa proximidade e amizade, e não percais, nunca, o espírito missionário comboniano.
Agradecemos às Irmãs Missionárias Combonianas, pelo facto de, ao longo destes 70 anos de vida, o Senhor nos ter abençoado e nos ter permitido partilhar do mesmo carisma de Comboni e da mesma vocação missionária. Obrigado, combonianas portuguesas, pela colaboração e por termos caminhado juntos todos estes anos de anúncio, de testemunho e de serviço missionário neste território.
Em Portugal, o carisma de São Daniel Comboni, dom do Espírito Santo, atraiu, ao longo destes últimos 70 anos, muitos outros homens e mulheres, leigos e leigas, que se consagraram e dedicaram à missão. Referimo-nos, em particular, às Missionárias Seculares Combonianas e aos Leigos Missionários Combonianos. O nosso sincero obrigado a todos e a todas, Seculares e Leigos, pela colaboração e pelo vosso exemplo e apoio. Obrigado pelo caminho que estamos a percorrer juntos.
O nosso agradecimento carinhoso também aos familiares dos nossos confrades e ainda aos benfeitores, colaboradores e amigos por nos terem apoiado - humana, espiritual e materialmente - no serviço missionário. Obrigado por nos terem proporcionado os meios para as nossas atividades de evangelização e animação missionária. Obrigado por nos terdes acompanhado, com perseverança e abnegação, ao longo destes 70 anos da nossa história em Portugal.
Queremos agradecer à Igreja local deste País, às dioceses e às comunidades paroquiais que nos receberam, nos incentivaram e apoiaram a nossa presença e as nossas atividades. Agradecemos a todos os senhores Bispos - e aqui gostaríamos de mencionar o primeiro, Dom José da Cruz Moreira Pinto, Bispo de Viseu, que nos recebeu e deu as boas-vindas, no dia 23 de Abril de 1947 -, a todos os reverendos párocos e demais agentes de pastoral pela amizade e pelo acolhimento na Igreja de Portugal.
Obrigado pelos sinais particulares de vida e de compromisso ao longo de todos estes anos, tais como, por exemplo: a formação de tantos jovens nos seminários, no Postulantado e no Noviciado; a publicação das revistas Além-Mar e Audácia; a animação e a formação missionária de grupos de jovens - como o JIM (Jovens em missão); os Cenáculos de Oração Missionária; o empenho na pastoral paroquial, dando particular atenção aos mais vulneráveis e aos imigrantes, como é o caso, por exemplo, da nossa presença em Camarate; as atividades realizadas em colaboração com outros Institutos religiosos e missionários e com outras organizações civis e religiosas, empenhadas na promoção da justiça social e ambiental, da paz e da reconciliação, e do dialogo entre as diferentes culturas e religiões. Obrigado por estes e por todos os outros sinais que revelaram e revelam ainda o dinamismo e a criatividade do nosso trabalho, neste País de grande tradição missionária e de grandes missionários.
A celebração dos 70 anos de história comboniana, em Portugal, ajuda-nos a preservar a confiança no Senhor, que continua a incentivar-nos e a realizar coisas belas através da vida de cada um de nós e do nosso Instituto. Esperamos e rezamos para que o Senhor continue a suscitar novas vocações missionárias, na Igreja portuguesa, e continue a chamar jovens, homens e mulheres, para seguirem a Cristo, na esteira de São Daniel Comboni.
Obrigado por tudo. E que São Daniel Comboni, São José e, muito em especial, a Nossa Senhora de Fátima - no centenário da sua visita aos pastorinhos, na Cova da lria -, intercedam por cada um e cada uma de nós!
P. Tesfaye Tadesse, MCCJ
Padre Geral
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