19 de setembro de 2016

HISTÓRIAS DE MISERICÓRDIA


MISSÃO COM HISTÓRIAS DE MISERICÓRDIA 

Jornadas Missionárias 2016
Comunicado final

As Jornadas Missionárias Nacionais 2016 decorreram, a 17 e 18 de Setembro, no Centro Paulo VI, em Fátima, com a participação de cerca de 250 pessoas, vindas de todo o país.

O P. António Lopes, diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP), deu as boas vindas, abrindo os trabalhos. D. Manuel Linda, Presidente da Comissão Episcopal ‘Missão e Nova Evangelização’, abriu as Jornadas com uma palavra de incentivo missionário. No ‘ide por todo o mundo’, não obstante a escassez de Missionários/as, vivemos tempos de aumento de geminações entre dioceses e paróquias de Portugal e dos quatro cantos do mundo. É necessário avivar o ardor missionário e o tema escolhido atrai e faz partir ao encontro do outro como Missão recebida de Jesus. É urgente aprofundar a comunhão e colaboração com a Igreja local.

Os participantes puderam olhar três rostos de misericórdia. No Sudão do Sul, o P. José Vieira, comboniano, viveu a Missão da misericórdia não como um conceito abastrato mas um encontro de corações no contexto de uma guerra civil que continua a massacrar um povo pobre. No Japão, o P. Adelino Ascenso, Missionário da Boa Nova, viveu a sua Missão, traduzida por três simples adjetivos que caracterizam a vida de Jesus: débil, companheiro e maternal. Na Amazónia, o Luis Fernandez, leigo da Consolata, partilhou a sua vida e luta em defesa dos povos indígenas da Amazónia. Partiu com a esposa e lá nasceram três filhos. Viveram as alegrias e angústias de um povo espezinhado, ajudando a formar líderes e construir comunidade. Lembrou que ‘o desafio maior da Missão é ouvir o clamor da terra e dos pobres. É defender a vida!’.

A tarde de sábado foi preenchida por cinco workshops que enriqueceram os participantes com partilhas e reflexões sobre o desenvolvimento, o voluntariado, a ecologia integral, a inclusão e a reconciliação.

A Irmã Myri, natural de Mafra e Monja na Síria, partilhou a experiência da sua comunidade monacal em contexto de guerra civil. O Convento nasceu por causa do empenho pela unidade dos cristãos e do diálogo com todos os crentes. Lembrou que, ‘cada um de nós é uma história de misericórdia onde somos convidados a olhar para Cristo e ver no irmão a presença dEle’. O trabalho dos missionários na Síria é de alto risco porque sem armas na mão, partilhando os sofrimentos de um povo pobre e mártir.

D. Juan José Aguirre, Bispo de Bangassou, na República Centro Africana, partilhou a Missão de uma Igreja perseguida até à morte por grupos armados de fundamentalistas islâmicos e não islâmicos que semeiam o pânico entre as populações e querem erradicar o cristianismo de África. Lembrou o momento forte que foi a visita do Papa Francisco a Bangui, onde abriu a Porta da Misericórdia antes ainda de o fazer em Roma. Como Bispo é um construtor de pontes. Contra a violência, a Diocese opta sempre por construir escolas e projetos de desenvolvimento.

Tempos fortes destas jornadas foram os momentos de celebração, quer no auditório dos encontros quer nas celebrações oficiais do santuário, sobretudo a Eucaristia presidida por D. Manuel Linda, em que foram enviados em Missão seis Missionários.

Em contexto de Jubileu do Centenário das Aparições de Fátima, as Jornadas Missionárias Nacionais 2017 serão realizadas a 16 e 17 de Setembro.

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