A África atrai desde tempos imemoriais viajantes e aventureiros e oferece roteiros de férias tão diferentes quanto os seus 54 países.
Heródoto, o pai da História (nasceu onde é hoje a Turquia em 485 a. C. e morreu em 425 a. C.), fez ao Egipto a sua primeira viagem e também passou pela Líbia. O continente africano tem 120 sítios património da humanidade, dos quais 35 são naturais, 80 culturais e cinco de ambas as naturezas. Apesar das tragédias, continua de braços abertos para quem o quiser visitar.
A África está encaixada em quatro mares tão diferentes como os seus nomes: Mediterrâneo, Atlântico, Índico e Vermelho, salpicados de inúmeras ilhas exóticas e destinos românticos. O turista pode trabalhar para o bronze em extensas praias de águas mansas (Tanzânia, Quénia, Moçambique, Gâmbia, Gana...), visitar ruínas históricas nas horas quentes (Tunísia e Líbia), mergulhar com mais de 1000 espécies de peixes e 300 de corais (golfo de Aqaba, Egipto) ou com tubarões (África do Sul).
Para os amantes da Natureza, a oferta inclui as cataratas de Vitória, uma cortina majestosa de água com 1,7 quilómetros de comprimento e 108 metros de altura que liga a Zâmbia e o Zimbabué; os safaris onde os cinco grandes (leão, leopardo, rinoceronte, elefante e búfalo) convivem (Quénia, Tanzânia, África do Sul e Botsuana); a observação de gorilas nos montes Virunga, entre a República Democrática do Congo, Ruanda e Uganda; viagens de balão sobre a planície de Serengeti (partilhada pela Tanzânia e Quénia) para seguir as migrações dos gnus; imersões étnicas no Vale do Omo, na Etiópia, lar para umas 50 tribos com formas de vida primordiais.
De entre os lugares históricos, destacam-se as pirâmides de Gizé (Egipto) e a vizinha Esfinge com mais de 5000 anos. Mas também há pirâmides mais pequenas e templos antigos em Méroe, no Sudão. A cidade de Djenné, no Mali, começou a ser habitada há 2265 anos e tem uma mesquita medieval impressionante. As grandes ruínas do Zimbabué, com mais de 1000 anos, afirmam a grandeza da civilização banta.
A Etiópia oferece quatro destinos património da humanidade: Axum (ruínas do palácio imperial, estelas e túmulos do século VI), Harar (a quarta cidade santa do Islão, construída no século XIII), as 11 igrejas de Lalibela (talhadas na rocha no mesmo século) e os Castelos de Gondar (construções indo-portuguesas dos séculos XVI e XVII).
O Forte de Jesus (construído no século XVI em Mombaça, Quénia), a Ilha de Moçambique (do mesmo século) e a cidade velha de Ribeira Grande (do século XVIII em Cabo Verde) são alguns dos marcos deixados pelos Portugueses no continente africano com o forte de Elmina (construído em 1482 no Gana), a cidade de Mazagão (em Marrocos) e duas pontes na Etiópia.
Os amantes da montanha também têm muitos percursos e escaladas possíveis desde a cordilheira dos Atlas (4167 metros) aos montes Simien na Etiópia (4450 metros), Kilimanjaro, na Tanzânia (o tecto de África, com 5896 metros), monte Quénia (5199 metros), Rwenzori ou monte da Lua no Uganda (5109 metros) e Drakensberg ou monte do Dragão, na África do Sul (3482 metros).
Os mercados são destinos exóticos pela combinação de cores, aromas e artesanato. Os bazares de Fez e Marraquexe (em Marrocos), do bairro do Cairo islâmico (no Egipto), Merkato de Adis-Abeba (na Etiópia, o maior mercado africano ao ar livre) e o mercado de Zanzibar (Tanzânia) são referências cimeiras.
Os amantes de férias radicais podem tentar a mítica ligação Cairo-Cabo em duas e quatro rodas, saltar com cordas de 111 metros da ponte das Cataratas de Vitória (bangee) ou fazer a caravana do sal de Tombuctu a Toudenni, no deserto do Mali, em 40 dias de camelo. Muitos rios africanos têm trechos de sonho para a prática de canoagem e rafting para os viciados em adrenalina.
Aqui ficam alguns indicadores para umas férias diferentes num continente que tem o lindo costume de se exceder na arte da hospitalidade.
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