© JVieira
A Igreja Católica celebrou no sábado juntamente com a festa de São José oitenta anos de presença em Juba, a capital do Sul do Sudão.
Foi graças à tenacidade do comboniano padre Giuseppe Zambonardi que a comunidade católica conseguiu atravessar o Nilo Branco e estabelecer-se em Juba.
Os ingleses tinham destinado aos católicos a margem direita do rio enquanto a margem esquerda – onde estava Juba – pertencia aos anglicanos.
Os Combonianos fundaram a missão de Rajaf nos anos vinte do século passado uns quinze quilómetros a Sul de Juba, na outra margem. A igreja, construída integralmente de tijolos de barro preparados no local, tem postura de sé-catedral.
Entretanto, os missionários sonhavam com uma comunidade em Juba para poder abastecer as missões que entretanto iam florescendo a leste do rio.
O padre Zambonardi pediu e insistiu até que a administração colonial autorizou os combonianos a fundar uma comunidade em frente ao hospital de Juba, longe do centro político e administrativo da cidade.
A comunidade foi oficialmente inaugurada a 19 de Março de 1931. A capela, dedicada a São José, para o serviço dos missionários e dos pacientes católicos do hospital, veio mais tarde.
Entretanto, os Combonianos foram expulsos do Sudão em 1964 e a capela de São José, tornou-se sede de paróquia enquanto a procuradoria das missões passou a ser cúria diocesana.
Hoje São José é uma das paróquias mais activas da cidade e a igreja – é antes uma capela grande – é muito pequena para acomodar os católicos que tomam parte nas missas dominicais em bari, inglês e árabe.
A comunidade iniciou a construção de um novo templo – o arquiteto disse-me que vai levar 1500 fiéis mais do tamanho dele que do meu – mas a falta crónica de fundos está a demorar a sua conclusão.
O pároco de São José, padre Alfred Lodu Mödi, disse aos fiéis no fim da missa da festa, que a primeira igreja católica foi construída em Juba graças à tenacidade do padre Zambonardi.
Ele pediu o mesmo empenho à comunidade católica para testemunhar a fé no momento histórico de grande agitração que o Sul do Sudão está a viver a quatro meses da independência.
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