O presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, pediu às Popular Defense Forces (PDF, as Forças de Defesa Popular) no sábado para treinarem «mujahideen» (combatentes muçulmanos) «não por causa da guerra, mas para estarem preparados para qualquer eventualidade.»
As PDF são milícias pró-Cartum que praticaram crimes contra civis (massacres e violações em massa) durante a guerra civil que terminou em 2005.
Pagan Amun, Secetário-Geral do Sudan People’s Liberation Movement (SPLM, Movimento de Libertação do Povo do Sudão, no poder no Sul do Sudão) respondeu à letra e disse que o SPLA (as forças armadas do sul) se encontra em mobilização geral e que está 100 vezes mais forte.
O duelo - até agora de palavras - entre os dois parceiros principais do governo de unidade nacional está a atingir proporções assustadoras desde que o SPLM abandonou o Governo Nacional em Outubro como protesto pela não implementação do Acordo Global de Paz (CPA na sigla inlesa).
Desta vez, o pomo da discórdia é o enclave de Abyei. A área, rica em petróleo, devia pertencer ao sul, de acordo com as conclusões da Comissão de Fronteiras de Abyei.
Os árabes não querem largar mão do petróleo de Abyei e de outras zonas de fronteira que continuam a ser ocupadas pelas forças armadas do norte, em violação flagrante do CPA.
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