Somos humanos:
erramos,
pecamos,
– Confessamos,
compungidos!
Somos fracos:
chagados,
frágeis,
anjos feridos,
caídos
– Afirmamos,
contristados!
Dores do meu parto...
Nas suas chagas fomos curados!
São curativos os estigmas meus?
Deixo que o meu pecado
cure para ser curado,
ame para ser perdoado?
A fraqueza faz-se força,
o pecado torna-se graça:
mar de cristal,
fragilidade reparada
com fios de ouro
de vasos nicados
nas mãos amorosas
do Mestre de Kintsugi
que me restaura,
dourado,
que me ama como sou:
com as minhas feridas
e a Sua força,
com as minhas sombras
Vê a luz que d'Ele vem,
com o meu cair
e o Seu levantar.
Morro porque vivo,
vivo porque morro!
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