Uma delegação da Iniciativa das Mulheres Nobel está de visita ao Sul do Sudão.
As Prémio Nobel da Paz 2005 Wangari Maathai do Quénia e 1997 Jody Williams dos Estados Unidos, juntamente com a actriz e activista Mia Farrow encontraram-se com o presidente do governo do Sul do Sudão, três ministras e mais de 30 organizações não governamentais femininas para se inteirarem das suas estratégias para uma paz sustentada no Sul do Sudão.
Esta manhã numa conferência de imprensa em Juba as três celebridades falaram do Darfur, do presidente do Sudão e do Tribunal Penal Internacional, da implementação do Acordo Global de Paz, do papel do Egipto, da Líbia, da África do Sul e da China no continente. Ecologia, empoderamento da mulher, educação e boa governação foram outros tópicos abordados.
Professora Maathai, que fundou o Greenbelt Movement para reflorestar o Quénia disse que é muito importante administrar os recursos naturais para se viver em paz. É importante a boa governação que respeita os direitos humanos e o papel da lei.
«Temos que elevar o nível da boa governação em África», adiantou.
Mia Farrow sublinhou que não pode haver democracia real e mudança sem as mulheres.
A actriz sublinhou que o caso do Tribunal Penal Internacional contra o presidente Hassan Omar al-Bashir é um sinal importante aos líderes mundiais que não podem actuar impunemente.
Jody Williams, que foi galardoada pela luta contra as minas anti-pessoais, disse que o Darfur está a encobrir a implementação do Acordo Global de Paz e que se este falhar o país corre o risco de voltar à guerra.
É muito importante que a sociedade civil se faça ouvir porque os governos respondem à pressão – adiantou ao mesmo tempo que sublinhou que as mulheres somam 65 por cento da população do Sudão e muitas são viúvas.
A delegação da Iniciativa de Mulheres Nobel esteve antes na capital da Etiópia para contactar a União Africana.
A Iniciativa de Mulheres Nobel foi fundada em 206. É formada por seis laureadas com o prémio da paz: Mairead Corrigan Maguire e Betty Williams pelo trabalho para acabar com a violência na Irlanda do Norte (1976); Rigoberta Menchú Tum pelo trabalha em prol dos direitos dos povos indígenas na Guatemala (1992); Jody Williams pelo trabalho para eliminar minas anti-pessoais (EUA, 1997); Shirin Ebadi pelos esforços para promover os direitos humanos no Irão (2003); e Wangari Maathai pela contribuição para o desenvolvimento sustentado, democracia e Paz (Quénia, 2004).
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