Gondokoro é uma ilha comprida à frente de Juba em pleno Nilo Branco.
Trata-se de um lugar especial para a Igreja católica. Foi em Gondokoro que os primeiros missionários se estabeleceram no século XIX. Um deles, Ângelo Vinco, repousa algures na ponta norte.
No passado, os agricultores trabalhavam a ilha e habitavam na margem direita do Nilo. A ilha durante as cheias é parcialmente inundada, o que a torna muito fértil.
Os rebeldes do Norte do Uganda começaram a chegar às portas de Juba e os agricultores de Gondokoro refugiaram-se na ilha.
A paróquia de S. José construiu lá uma capela dedicada à Exaltação da Santa Cruz. A festa foi ontem e um colega e eu aceitamos o convite de estar presentes na missa.
O pároco alugou uma lancha de metal para levar o grupo de convidados para Gondokoro: o vigário-geral, algumas irmãs, padres, catequistas, acólitos.
A viagem – um autêntico cruzeiro – demorou quase uma hora. Deu para apreciar as flores lindas e os pássaros coloridos e até dois crocodilos jovens em plano banho de sol matinal.
O motor fora de bordo parou por três vezes. O rio anda cheio de lixo e a hélice de vez em quando ficava presa. Uma sensação esquisita sentir a embarcação à deriva na corrente do grande rio enquanto o piloto tentava resolver a situação.
Quando aportámos, um grupo de cristãos recebeu-nos com cânticos e grinaldas de flores para o pároco e para o vigário-geral.
Seguiu-se a eucaristia debaixo de frondosas mangueiras. O coro esteve à altura e a assembleia participava activamente cantando e dançando. Muito mais mexida que as comunidades da cidade que deixam as despesas da animação ao coro.
A festa continuou depois da missa. O meu colega e eu, contudo, tivemos que regressar a Juba para pôr no ar a homilia do vigário-geral.
A lancha vinha mais tarde. Por isso, tivemos que apanhar boleia de motorizada até ao ponto onde pequenas canoas de madeira ligam a ilha à cidade na parte mais estreita do canal do rio. A viagem de «boda-boda» - como aqui chamam às motorizadas-taxi - foi uma experiência radical. Os caminhos da ilha são estreitos e ladeados por capim alto. O piloto era perito o evitar motorizadas, bicicletas, pessoas e animais que disputam os estreitos sendeiros. Uma pequena cabra foi demasiado lenta e ficou a mancar da pancada que apanhou.
O mais impressionante era rodar junto ao rio, num caminho meio comido pelas águas, ou debaixo das mangueiras com ramos a rasar as cabeças… Vinte minutos de grandes emoções! Mas queremos voltar à ilha para descobrirmos a campa do nosso antepassado na missão.
Trata-se de um lugar especial para a Igreja católica. Foi em Gondokoro que os primeiros missionários se estabeleceram no século XIX. Um deles, Ângelo Vinco, repousa algures na ponta norte.
No passado, os agricultores trabalhavam a ilha e habitavam na margem direita do Nilo. A ilha durante as cheias é parcialmente inundada, o que a torna muito fértil.
Os rebeldes do Norte do Uganda começaram a chegar às portas de Juba e os agricultores de Gondokoro refugiaram-se na ilha.
A paróquia de S. José construiu lá uma capela dedicada à Exaltação da Santa Cruz. A festa foi ontem e um colega e eu aceitamos o convite de estar presentes na missa.
O pároco alugou uma lancha de metal para levar o grupo de convidados para Gondokoro: o vigário-geral, algumas irmãs, padres, catequistas, acólitos.
A viagem – um autêntico cruzeiro – demorou quase uma hora. Deu para apreciar as flores lindas e os pássaros coloridos e até dois crocodilos jovens em plano banho de sol matinal.
O motor fora de bordo parou por três vezes. O rio anda cheio de lixo e a hélice de vez em quando ficava presa. Uma sensação esquisita sentir a embarcação à deriva na corrente do grande rio enquanto o piloto tentava resolver a situação.
Quando aportámos, um grupo de cristãos recebeu-nos com cânticos e grinaldas de flores para o pároco e para o vigário-geral.
Seguiu-se a eucaristia debaixo de frondosas mangueiras. O coro esteve à altura e a assembleia participava activamente cantando e dançando. Muito mais mexida que as comunidades da cidade que deixam as despesas da animação ao coro.
A festa continuou depois da missa. O meu colega e eu, contudo, tivemos que regressar a Juba para pôr no ar a homilia do vigário-geral.
A lancha vinha mais tarde. Por isso, tivemos que apanhar boleia de motorizada até ao ponto onde pequenas canoas de madeira ligam a ilha à cidade na parte mais estreita do canal do rio. A viagem de «boda-boda» - como aqui chamam às motorizadas-taxi - foi uma experiência radical. Os caminhos da ilha são estreitos e ladeados por capim alto. O piloto era perito o evitar motorizadas, bicicletas, pessoas e animais que disputam os estreitos sendeiros. Uma pequena cabra foi demasiado lenta e ficou a mancar da pancada que apanhou.
O mais impressionante era rodar junto ao rio, num caminho meio comido pelas águas, ou debaixo das mangueiras com ramos a rasar as cabeças… Vinte minutos de grandes emoções! Mas queremos voltar à ilha para descobrirmos a campa do nosso antepassado na missão.
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