3 de junho de 2007

Domingo


Como adoro as manhãs preguiçosas de domingo.
Adoro acordar devagar, deixar que os ouvidos se habituem calmamente ao cantar dos pássaros, ao eco das vozes, ao rumor dos motores, aos sons da vida que me envolvem.
Adoro caminhar lentamente pelo terreiro da missão, admirar a luz pálida da manhã, as cores das buganvílias, das acácias encarnadas e de outras flores. As lagartixas e outros répteis vestidos de multicores.
Adoro sentar-me na capela e rezar com calma a liturgia dominical. Às vezes com a Cati ao colo.
Adoro participar na Eucaristia paroquial, sentir o ritmo dos cânticos, a força da Palavra, a solidariedade da oração conjunta.
Adoro o almoço simples num restaurante barato, tempo de dois dedos de conversa despreocupada com os colegas.
Adoro a manhã do domingo porque a tarde é como todos os outros dias: a escrever notícias e tratar sons na Rádio Bakhita.

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