18 de julho de 2013

CARTA ABERTA

Missionário Comboniano P. Fernando Zolli com ministra Cècile Kyenge

Membros da administração geral dos Missionários Combonianos escreveram uma carta aberta à Conferência Episcopal Italiana a pedirem uma tomada de posição sobre afirmações racistas de um alto dirigente político contra uma ministra italiana de origem africana.

Esta semana, o vice-presidente do senado italiano,  Roberto Calderoli, comparou a ministra da integração Cècile Kyenge a um orangotango. A ministra Kyenge é uma cidadã italiana de origem congolesa.

Os padres Mariano Tibaldo, Jorge Garcia, Arlindo Ferreira Pinto, John Baptist Opargiw, Arnaldo Baritussio e Enrico Redaelli escreveram uma Carta Aberta ao Presidente da Conferência Episcopal Italiana Cardeal  Angelo Bagnasco a pedir que a Igreja italiana chame à responsabilidade os políticos que usam frases racistas para conseguirem baixos dividendos eleitorais.

Os seis Missionários Combonianos dizem-se feridos com os «epítetos ofensivos» do político da Lega Nord, um partido de extrema-direita.

«Queremos que a Igreja italiana fale a uma voz contra este clima de ódio e de suspeita que está a tomar conta da vida política italiana e da convivência civil», escrevem.

Os signatários pedem que a “regeneração” moral e cultural da Itália encontre nos bispos «liderança segura, clara e forte.»

O comentário racista do senador teve grandes repercussões internacionais e causou uma onda de indignação na Itália. Circula na internet uma petição para a demissão do senador Calderoli que entretanto aprestou desculpas à ministra Kyenge.

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