A venda de combustíveis é a nova galinha dos ovos de ouro em Juba.
Quando cheguei dois anos atrás, a cidade contava com dois ou três postos de combustíveis convencionais, daqueles com tanques enterrados e as bombas cobertas com uma plataforma.
Nos outros pontos de venda – uma meia dúzia? – os tanques e as bombas estavam dentro de contentores.
Dois anos depois, há postos de combustíveis por todo o lado, desde o aeroporto, aos bairros residenciais, às saídas da cidade. Só na estrada para Yei há meia dúzia de gasolineiras em menos de três quilómetros.
O licenciamento das bombas de gasolina levou a viúva de John Garanga, Mamma Rabecca Garang, a chamar de corrupto ao vice-presidente do Governo do Sul do Sudão, Dr. Riek Machar, num debate parlamentar.
Mamma Garang acusou o Dr. Machar de vender as licenças só a estrangeiros e a permitir a montagem de postos de gasolina em zonas residenciais e em áreas sensíveis como o aeroporto internacional.
O SLPM, o partido no poder, lá fez o que pôde para desvanecer as tenções entre as duas figuras de proa, mas a viúva nunca retirou a acusação.
Para ajudar à festa, o Governador de Central Equatoria, o Estado de que Juba também é capital, anunciou que vai fechar os postos de combustíveis em zonas residenciais.
Os investidores quenianos, eritreus, somalis lá terão que mudar de ramo – se as coisas não lhe correrem à feição.
Mas Juba continua a ser a terra das mil possibilidades e a última fronteira do oeste selvagem no que diz respeito a investimentos!
1 comentário:
é o preço do progresso! um grande abraço.
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