20 de abril de 2020

CORONAVÍRUS NAS FILIPINAS


As Filipinas estão há um mês em isolamento/confinamento o qual se ira prolongar por mais duas semanas até finais de abril. Não há transportes públicos, só uma pessoa por família pode sair à rua para fazer compras com um salvo-conduto e lojas e comércio de rua estão fechados. Supermercados estão, porém, abertos.

Com casos a aumentar de dia para dia – neste momento há 6,459 pessoas infetadas 428 já morreram devido ao coronavírus – as autoridades repetem a ameaça de um isolamento abrangendo todo o país. Até agora só a região norte, que inclui a capital Manila, está sob quarentena.

Numa das suas comunicações ao país, o Presidente da nação, Rodrigo Duterte, sugeriu que o levantamento das restrições só acontecerá quando a vacina contra o coronavírus estiver disponível, uma ameaça que o público em geral não leva a sério, conhecendo o seu estilo desarticulado e desajeitado de falar em público.

A metrópole de Manila tem 13 milhões de habitantes e é um verdadeiro quebra-cabeças impor o confinamento das populações muitas das quais vivem em bairros de lata. A estas pessoas que deixaram os seus trabalhos por causa do confinamento, o governo prometeu ajuda em géneros alimentares e dinheiro. Até agora, esta ajuda tem sido escassa e irrisória – dois quilos de arroz e comida enlatada por cada família.

Já houve desacatos com pessoas a queixarem-se de fome. A resposta musculada das forças de segurança contra as populações enfraquecidas gerou uma onda de protesto em sectores da sociedade. O Presidente falando ao país sobre este incidente ordenou à polícia que atirasse a matar a quem causar desacatos.

São estes os métodos que as autoridades filipinas usam para com os mais fracos em tempos de desgraça social.
P. Antonio Carlos, Filipinas

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